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Adema libera Licença Ambiental para produção do potássio em Sergipe

O prazo de construção da usina é de quatro anos


Agência Sergipe de Notícias

Na segunda-feira, 19, às 11h, no gabinete do governador Marcelo Déda, a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) concederá a Licença de Instalação (LI) a Vale para que possa construir a usina que vai processar o beneficiamento do minério Carnalita. Com isso, Sergipe passará a ser o único Estado do Brasil com extração de cloreto de potássio, o que permitirá o aumento da produção de insumos agrícolas para todo o país e, consequentemente, a redução da dependência da importação de fertilizantes.



O prazo de construção da usina é de quatro anos, estando previsto o seu funcionamento para agosto de 2016. Inicialmente, a usina vai operar com uma produção anual de 1,2 milhão de toneladas de cloreto de potássio, dobrando no segundo ano de operação para 2,4 milhões toneladas. Os investimentos podem chegar a US$ 4 bilhões.


A usina será construída no povoado Terra Dura, município de Japaratuba, próximo à rodovia SE – 226, numa área de 2.200 metros quadrados. Dela será retirado o cloreto de potássio, que é um macro nutriente vegetal fundamental para a agricultura brasileira.


Segundo o secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Genival Nunes, com a implantação do empreendimento, Sergipe será o berço da alimentação do Brasil por conta do aumento na produção de fertilizantes. Explica que atualmente menos de 10% do potássio que é utilizado em todo o país é produzido pelo Brasil.


Segundo explicou o gerente da Vale, Mauro Vieira Lima, que coordena o licenciamento ambiental do projeto Carnalita em Sergipe, não há nenhum outro Estado, no Brasil, com extração desse tipo de minério. Ele ressalta que o potássio é um mineral com uma alta demanda no comércio brasileiro de fertilizantes e que atualmente o país sofre com a baixa produção, sendo que este índice tende a aumentar, caso não haja novos investimentos para aumento da produção interna.



Menor impacto


Diferentemente do atual processo realizado em lavra subterrânea, a nova tecnologia aplicada pela Vale para a extração do potássio será desenvolvida através de Poços Subterrâneos. "Esse é um grande diferencial. A mineração da carnalita será realizada a partir da injeção de água em poços onde serão dissolvidos os sais da carnalita. A salmoura será então retirada do subsolo e processada na superfície”, explicou Genival Nunes, indicando menor impacto ambiental por meio da nova tecnologia.


Déda e Dilma


Ao final do mês de novembro o governador Marcelo Déda tratou do tema com a presidenta Dilma Rousseff em Brasília. Na ocasião, ele disse que a presidenta reafirmou seu compromisso em contribuir para a resolução do impasse entre a Vale e a Petrobras, além de manifestar que é prioridade nacional o aumento da produção de potássio.


“O projeto Carnalita é o único que tem condições de viabilizar o aumento da produção de potássio em curto prazo", justificou o governador, ao relatar que Dilma iria conversar com os dirigentes da Vale e da Petrobras. Na expectativa da presidenta, o projeto poderá ter início no próximo ano.

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