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ADM fecha parceria com grupo Cabrera no País; etanol recua nos EUA


Diante de um cenário que prevê queda de produção de etanol nos Estados Unidos e crescimento no Brasil, a ADM (Archer Daniels Midland), uma das maiores empresas de alimentos e de etanol dos Estados Unidos, fechou um acordo com grupo paulista Cabrera , do empresário e ex-ministro da Agricultura Antonio Cabrera Mano Filho.

A ADM, que já atua no Brasil como trading e processadora de grãos, formará uma joint venture com o grupo Cabrera, que atua em cultivo de grãos e em pecuária, além de ter projeto para uma usina de açúcar e álcool. A joint venture pretende investir US$ 500 milhões em um período de 7 anos. A ADM prevê investir US$ 370 milhões na produção e o grupo brasileiro US$ 130 milhões.

A parceria vai finalizar duas unidades sucroalcooleiras no País - uma em Limeira do Oeste (MG) e outra em Jataí (GO) -, as quais deverão moer um total de 6 milhões de toneladas de cana até 2014. A produção total das duas unidades de cana no Brasil deve chegar a 270 milhões de litros de álcool, 417 mil toneladas de açúcar e 474 MW/h de energia por safra. A empresa informou ainda que não exclui a possibilidade de fechar outros acordos no país.

Segundo a consultoria F.O. Licht, a produção global de etanol deverá atingir quase 90 bilhões de litros em 2009, ante 79 bilhões no ano passado. Mas, o crescimento anual deveria cair para 14,4%, contra um salto de 23,6% verificado entre 2007 e 2008. "A atual crise financeira não vai continuar sem efeitos sob a indústria de biocombustíveis. Afinal de contas, o etanol é uma indústria de capital de incentivo e manter o setor requer um mercado de crédito em funcionamento", afirmou.

Os EUA deveriam produzir alto volume constante de etanol neste ano, apesar da crise, mas a F.O. Licht disse que a taxa de crescimento na América do Norte e Central iria cair até mais que a metade no ano seguinte devido à turbulência econômica. A consultoria estima que a produção de etanol na América do Norte e Central deve alcançar 42,5 bilhões de litros em 2009, contra 36,8 bilhões neste ano e 26,9 bilhões em 2007.

"A indústria norte-americana está em uma profunda crise", informou a F.O. Licht, apontando para a alta nos preços do milho, principal insumo utilizado na produção de etanol do país, e a queda dos preços do etanol.

Já no Brasil, segundo maior produtor de etanol, a projeção de crescimento da Licht indica que a produção deveria permanecer em torno do nível mais forte de 2008, quando o etanol se mostrou relativamente mais lucrativo do que o açúcar.

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