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Agosto fecha com queda de 2,28% nos preços do arroz

Retração dos interesses da indústria e os preços de importação são as razões mais evidentes


Segunda quinzena de agosto foi determinante para a queda, eliminando a alta residual de julho. Retração dos interesses da indústria e os preços de importação são as razões mais evidentes

Um desempenho de baixa demanda por parte da indústria, com muitas empresas fora do mercado na segunda quinzena, foi determinante para que o mês de agosto fechasse nesta terça-feira acumulando uma queda de 2,28% nos preços do arroz. O indicador do arroz Cepea-Bolsa Brasileira de Mercadorias/BVM&F, encerrou dezembro com preço médio de R$ 26,82 para a saca de 50 quilos (58x10) colocada na indústria. Entre os dias 23 e 30 a queda chegou a ser de 1,54%. Nesta terça-feira (31-8), em dólar a saca de arroz era cotada a US$ 15,29.

Mesmo com a liberação de mais R$ 500 milhões para EGFs, pelo Banco do Brasil, o que permitirá a quitação do custeio e prorrogação dos vencimentos em mais 180 dias, desfazendo a pressão de oferta momentânea, e uma importante recuperação dos preços internacionais (principalmente no Vietnã, em maior escala, e nos Estados Unidos de forma moderada), os preços médios internos enfraqueceram. Fatores locais e regionalizados interferiram para esse comportamento. Com a ponta: o repasse do fardo ao atacado e ao varejo bastante forçada, a indústria usou a velha estratégia de repassar os encargos e estabelecimento da margem em cima da matéria-prima, o que reduziu o volume de compras e retirou do mercado quase todas as grandes indústrias.

A estratégia de comercialização da “mão para a boca”, ou seja, atendendo à reposição básica, sem formação de estoques, é mantida arrochada. Hoje, parte significativa do estoque privado de arroz beneficiado está sobre caminhões ou navios, a caminho dos supermercados. O mercado vem trabalhando com o giro, não forma grandes estoques de arroz beneficiado, pois sabe que existe oferta de sobra. Além disso, a estabilidade de preços competitivos no Mercosul força as cotações internas e viabiliza bons negócios para algumas empresas, principalmente aquelas que mantêm ramificações no Mercosul.

A oferta de matéria-prima se mostrou fraca. Ainda assim, alguns produtores negociaram algum volume em acordo com a demanda de algumas indústrias, levando em conta a demanda por insumos. Afinal, a safra 2010/11 já começou no Rio Grande do Sul.
Nesta última semana os preços médios das cotações de arroz alcançaram o referencial de R$ 26,50 a R$ 27,00 na maioria das praças gaúchas. Nos pólos industriais de Pelotas, Camaquã, Itaqui e Uruguaiana (RS) a referência de preços para a saca de 50 quilos de arroz em casca (58x10), fica entre R$ 27,40 e R$ 27,75. Na Expointer, o “Dia do Arroz”, foi marcado pelo lançamento de eventos, painéis sobre a potencialidade das vendas externas e gestão da lavoura.

PREÇOS

A Corretora Mercado, de Porto Alegre (RS), indica o arroz beneficiado em sacas de 60 quilos comercializado a R$ 55,00 (sem ICMS), com baixa de R$ 2,00 na semana. Para a saca de 50 quilos de arroz em casca, a empresa aponta a média gaúcha em R$ 26,80, queda de 20 centavos. Entre os derivados os preços se mantêm: canjicão superior (60kg) alcança R$ 28,00, a quirera R$ 20,00 e a tonelada de farelo de arroz R$ 220,00 (CIF).

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