CI

Agricultor do RS faz tratoraço para defender milho transgênico

O direito de escolha foi tema de manifestação em duas cidades, Passo Fundo e Não-Me-Toque


O direito de escolha no cultivo de sementes de milho transgênico foi tema de manifestação em duas cidades gaúchas nesta quinta-feira (15-03) – Passo Fundo e Não-Me-Toque. Mobilizados em um "tratoraço", que percorreu as ruas de Passo Fundo pela manhã e seguiu à tarde para Não-me-Toque, onde está acontecendo a Expodireto/Cotrijal desde segunda-feira, os produtores contaram com a adesão de grande parte de populares ao longo dos mais de 70 Km percorridos pela caravana. Sob o lema Transgênicos: Vivo da Terra. Sou a favor", o movimento foi idealizado pelos agricultores do Estado, com o apoio da Associação dos Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul) e da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem).

Utilizando tratores com faixas e caminhões com milhos gigantes e mensagens de apoio ao milho transgênico, além de homens com fantasias infláveis de milho distribuindo folhetos informativos à população, a caravana de agricultores pediu atenção para a importância do plantio do milho transgênico para a preservação ambiental e economia brasileira, especialmente no Rio Grande do Sul. A concentração foi na Praça da Gare, próxima a Feira do Pequeno Produtor, e seguiu por 70 km pela estrada RS 142 até a cidade de Não-Me-Toque, onde acontece a 8ª Expodireto Cotrijal, feira agrícola promovida pela Cooperativa Tritícola Mista Alto Jacuí.

O coordenador do evento e porta-voz da Apassul, Eduardo Loureiro, explica que a idéia do manifesto surgiu dos próprios produtores que querem cultivar sementes de milho transgênico. De acordo com o representante da entidade, as sementes transgênicas de milho podem conter diversas características que beneficiam o plantio, entre elas tolerância a herbicidas (milho HT) e resistência a insetos e pragas (milho Bt). Com o uso dessas sementes, segundo ele, haverá redução do uso de defensivos químicos nas lavouras, e conseqüentemente, maior proteção ao meio ambiente. Além disso, acrescenta, haverá ganhos econômicos com a diminuição de uso de agrotóxicos nas lavouras. No material distribuído à população, os agricultores lembraram que o plantio de plantas transgênicas nos últimos 10 anos permitiu uma redução de emissão de CO2 na atmosfera equivalente à retirada de quatro milhões de carros de circulação por um ano.

A grande adesão de populares ao movimento animou os manifestantes que tiveram o apoio dos demais produtores e expositores presentes à Expodireto Cotrijal, onde se encerrou o "tratoraço" iniciado em Passo Fundo. "Queremos ter direito a plantar o mesmo milho que nossos concorrentes plantam. Por que o Brasil haveria de ficar para trás nessa tecnologia? Na Argentina, nossos colegas já podem cultivar três tipos diferentes de milho transgênico. Por que vamos nos conformar em não ter esse direito?", desabafou o porta-voz da Apassul. As informações são da assessoria de imprensa da Apassul.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.