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Agricultoras catarinenses se tornam empreendedoras do meio rural

Agricultoras do Alto Vale do Itajaí se unem e se tornam empreendedoras do meio rural


Agricultoras do Alto Vale do Itajaí se unem e se tornam empreendedoras do meio rural. As amigas Salete de Lourenzi, Marlise Voigt Dalke e Varlene Bastos Bleichvel viram na produção de pães e bolachas uma chance para prosperar e o Programa SC Rural foi um grande parceiro nessa jornada. Com investimentos de R$ 21.298,00, sendo metade do valor em recursos do Programa, as agricultoras de Trombudo Central se tornaram proprietárias da Indústria de Panificados Aroma Rural, que hoje produz cerca de 1.500 quilos de biscoitos e fatura em torno de R$ 20 mil por mês.
 
O apoio do Programa SC Rural foi um divisor de águas na história das três agricultoras, Salete de Lourenzi conta que antes do projeto estruturante os biscoitos eram fabricados na cozinha da sua casa e eram vendidos somente para os vizinhos e na escola. “O SC Rural nos deu um forno maior, a geladeira e a balança. De contrapartida colocamos as mesas, a fatiadeira, o esqueleto, as caixas, as bacias e reformamos uma peça de 25 metros quadrados para ficar de acordo com as normas sanitárias”, lembra.
 
A produção que era de cinco quilos por dia ficou dez vezes maior e segundo Varlene Bleichvel a produção pode aumentar ainda mais. “Se precisar nós fazemos duzentos quilos de biscoitos, mesmo que tenhamos que trabalhar de noite”. Aliás, as empreendedoras estão otimistas e já pensam em novas conquistas. “Estamos muito felizes por termos chegado aonde chegamos, e queremos continuar, ir mais longe”, avisa Marlise Dalke.
 
Com a panificação, as agricultoras conquistaram a autonomia financeira e melhoraram também a autoestima. A extensionista rural da Epagri, Leonir Claudino Lanznaster, que acompanha o projeto desde o início acredita que a Salete, Marlise e Varlene são um exemplo de determinação e já colhem os frutos dos investimentos. “Elas ganham em auto-estima, ganham na questão da socialização, que desenvolve nelas outras potencialidades como comprar, vender, negociar, a liderança e a comunicação.Para mim essas três mulheres são guerreiras pela coragem de começar do zero e enfrentar uma atividade nova”.
 
Mesmo com o sucesso da Aroma Rural, as empreendedoras não abandonaram a atividade agropecuária e trabalham também com a produção de leite e fumo. “Isso é muita força de vontade, determinação e amor a aquilo que fazem”, afirma Leonir.
 
O apoio à indústria de panificados integra o Projeto Estruturante da Cooper Taió que envolve outros oito empreendimentos de associados na região do Alto Vale do Itajaí. Sobre a parceria com o SC Rural, Varlene resume da seguinte forma: “A ajuda do SC Rural foi tudo. Foi um sonho”.
 
Investimentos na região                         
 
O Programa SC Rural é responsável por um investimento total de R$6,62 milhões no Alto Vale do Itajaí, dos quais R$3,9 milhões são provenientes de contrapartidas dos beneficiários e R$2,7 milhões em recursos não reembolsáveis do Programa. São 16 projetos estruturantes implantados, com 366 agricultores familiares beneficiados.
As atividades apoiadas nos empreendimentos abrangem a produção de leite, apicultura, piscicultura, fruticultura citrus, agroturismo, hidroponia, aipim descascado e congelado, panificação, produção de bolachas, massas congeladas e um secador de grãos para a Cooperativa Volta Pinho, no município de Mirim Doce.

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