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Agricultores de Minas Gerais começam a colher o café arábica

Qualidade dos grãos e o preço da saca já animam os produtores


Qualidade dos grãos e o preço da saca já animam os produtores

Nessa época as lavouras de café conilon no Espírito Santo ficam com os pés carregados e grãos bem vermelhos. Segundo a Conab, o estado deve colher nesta safra cerca de sete milhões e oitocentas mil sacas de deste tipo de café.

Para esta safra, a expectativa é colher meio milhão de sacas a mais que no ano passado. As chuvas do início do ano foram muito importantes para garantir a qualidade dos grãos.

Na propriedade do agricultor César Gasparini a colheita já começou. São mais de 20 mil pés de café, que devem render 300 sacas. “A gente espera em torno de 30% a mais do que no ano passado, e a qualidade também está melhor. Os grãos estão mais uniformes”, avalia.

Além da boa safra, o preço também é motivo de comemoração. Neste ano a saca está sendo vendida 205 reais, quase 40% a mais do que o obtido no ano passado.

O clima de otimismo também chegou também à Cooabriel, cooperativa de São Gabriel da Palha. “Todos os compradores estão gostando do café novo porque tem uma melhor qualidade, que o da safra anterior”, explica José Colombi Filho, vice-presidente da cooperativa.

Em Três Pontas, sul de Minas Gerais, o produtor Braulino Miranda deve colher cinco mil sacas do café arábica e está otimista com o preço. “Hoje eu acredito que vai estar em torno de 450 a 500 reais, dependendo do tipo de produto, se a gente conseguir realizar estes preços no decorrer da safra, com certeza a gente vai ter lucro”, declara.

Minas Gerais deve colher de 20 a 22 milhões de sacas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento. O café é uma planta com um ciclo bienal, ou seja, um ano produz bem e no outro nem tanto. Esta safra é considerada curta e a Conab prevê redução em quase 10% da produção.

No entanto, nas lavouras é possível encontrar pés de café com frutos maduros e vistosos, prontos para serem colhidos. Os cafeicultores, sabendo da queda na produção, investiram este ano na qualidade do produto.

Na cooperativa do sul de Minas, por enquanto, tem pouco café sendo comercializado, mas a expectativa para esta safra é boa. “A diferença entre um café inferior e outro de boa qualidade chega a ser dobrada. Nós temos cafés de altíssima qualidade na faixa de 550, 580, e outros mais fracos, em torno de 300 reais. O produtor, sabendo aproveitar esta qualidade, certamente obterá bons lucros”, declara Archimedes Coli Neto, presidente do Centro de Comércio do Café.

No campo, os trabalhadores recém-contratados também têm o que comemorar. Dona Maria Vitar, nesta época do ano, deixa de lado a rotina de dona de casa para apanhar café. “É uma renda extra para a família, então a gente aproveita este tempo de colheita pra ajudar em casa. Normalmente a gente troca algum móvel, compra uma roupa para os filhos, a expectativa é ganhar mais”, diz.

Como o café, este ano, está mais graúdo, ela consegue encher mais sacos no dia e com isso, aumentar os ganhos. Os trabalhadores conseguem receber até R$ 1.200 por mês.

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