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Agricultores do Alto Sertão de AL começam a servir silagem a ovinos

Diretoria de Pesquisa da Seagri orientou produtores na preparação de silos com uso de sorgo forrageiro SF-15


Diretoria de Pesquisa da Seagri orientou produtores na preparação de silos com uso de sorgo forrageiro SF-15
 
Criadores de ovinos e caprinos do Alto Sertão alagoano iniciaram o fornecimento de silagem aos animais como uma forma de complementar a alimentação no período de estiagem, que já se iniciou. Em algumas propriedades, o material servido aos rebanhos foi elaborado a partir do sorgo forrageiro SF-15, variedade desenvolvida e registrada pela Diretoria de Pesquisa da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Dipap/Seagri), numa parceria com o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA).

De acordo com o engenheiro agrônomo Fernando Gomes, pesquisador da Dipap, foram implantadas unidades demonstrativas de silo sincho com sorgo forrageiro em seis municípios. Em cada uma delas, foram utilizadas duas tarefas de terra. “Um dos primeiros a abrir a silagem e servir aos animais foi o produtor José Ramalho, do Sítio Mundo Novo, em Olho D’Água do Casado, e nós estivemos lá esta semana para registrar a qualidade do material”, contou o pesquisador.

Segundo ele, o silo sincho – feito na superfície e em formato arredondado – ficou em “descanso” por 50 dias. “Só agora, após esse período, é que ele está pronto para ser fornecido aos animais”, recomendou Fernando Gomes. De acordo com ele, a ação da Seagri de estimular e orientar os agricultores na elaboração da silagem faz parte do Programa Alagoas Mais Ovinos e do Arranjo Produtivo Local (APL) de Ovinocaprinocultura.

“A maioria desses produtores, inclusive os que participaram dos Dias de Campo nas unidades demonstrativas, são participantes do APL e do Mais Ovinos. Para que o rebanho se desenvolva, é preciso ter uma boa alimentação, especialmente agora na época da estiagem”, argumentou o pesquisador da Dipap.

Segundo ele, a implantação das unidades demonstrativas de sorgo faz parte de um projeto que tem apoio do Banco do Nordeste. “Um hectare de sorgo produz entre 50 e 80 toneladas de massa verde, enquanto um hectare de milho produz em torno de 18 toneladas por hectare. O sorgo consome apenas 50% da água consumida pelo milho e, dessa forma, tem mais resistência aos períodos de estiagem. Assim, é importante que ele seja usado na silagem”, avaliou o diretor da Dipap, Teodorico Araújo.

O secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Jorge Dantas, avalia que tanto as ações da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) quanto a pesquisa são necessárias para melhoria das condições de produção do agricultor familiar. “Todas elas são iniciativas que visam atender demandas dos produtores, a exemplo do sorgo SF-15, já adaptado às condições naturais do Sertão”, comentou Dantas.

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