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Agricultores familiares de Sento Sé/BA investem na cultura da mamona

A área inicial plantada é de 40 hectares


Com a confirmação da mamona como matéria-prima para fabricação do biodiesel e o aumento constante do valor agregado à semente, cerca de 40 agricultores familiares de Sento Sé aderiram ao cultivo, expandindo a produção para além da tradicional cultura da cebola. A área inicial plantada é de 40 hectares.


Para melhorar os níveis de produção e produtividade da cadeia da oleaginosa, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura (Seagri), intensificou as ações de assistência técnica e extensão rural (Ater) na área. O objetivo é ajudar a gerar renda extra para as unidades familiares envolvidas na atividade, melhorando assim a qualidade de vida destes pequenos agricultores.

A empresa também transferiu para a área rural de Sento Sé tecnologias que permitem o desenvolvimento sustentável da cultura, a exemplo da variedade MPA11, desenvolvida pela própria EBDA, e está utilizando apenas sementes que atendem às determinações fiscalizadoras do Ministério da Agricultura (Mapa).

De acordo com o gerente regional da EBDA, em Juazeiro, Osvaldo Lopes, a empresa vem realizando junto aos agricultores familiares atividades periódicas de capacitação, que tem como foco ações voltadas para o biodiesel, tais como unidades demonstrativas e de observação de oleaginosas, dias de campo, encontros regionais sobre a cadeia produtiva do biodiesel e visitas técnicas.

A mamona tem um ciclo de 90 dias e a previsão é de colher em junho uma safra de 60 toneladas de sementes prontas para serem comercializadas. “Para atingir esse volume, a EBDA enfatizou, durante as capacitações, a importância de um bom local para produção das sementes”, disse Lopes.


Ele destacou também que é necessário atenção para buscar áreas sem grandes infestações de plantas daninhas, livres de encharcamento. “É preciso evitar áreas já cultivadas com mamona ou com ocorrência de plantas espontâneas, além de eliminar eventuais plantas nativas que ocorram no campo de produção ou em áreas próximas, já que essas tendem a influir negativamente no resultado final da produção”, explicou.

A Bahia ocupa o primeiro lugar no ranking nacional como produtor de mamona. Segundo Osvaldo Lopes, atualmente o Estado produz cerca de 700 quilos da matéria-prima por cada hectare plantado, mas o potencial de produtividade é seis vezes maior, podendo chegar até quatro toneladas por hectare quando irrigada.

“A Bahia tem muita área favorável para o cultivo da mamona e tem muita gente querendo produzir. O que falta é sincronizar os elos da cadeia produtiva”, finalizou o gerente, ressaltando que, apesar de baixa, a produção da oleaginosa na Bahia acompanha a média mundial.

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