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Agricultura ainda engatinha na transformação digital

“A agricultura viveu avanços significativos nos últimos 50 anos"


Foto: Arquivo

De acordo com um estudo da consultoria global McKinsey, o setor está ainda nos primeiros passos de uma nova revolução, que inclui o uso de inteligência artificial, analytics, sensores conectados e outras tecnologias emergentes. Tudo isso vai permitir mais eficiência no futuro da agricultura, melhor uso da água e mais sustentabilidade e resiliência para os cultivos, segundo o estudo.

“A agricultura viveu avanços significativos nos últimos 50 anos. A modernização dos maquinários permitiu ganho de escala e produtividade. Da mesma forma, a irrigação e os fertilizantes aprimoraram o plantio. Agora, um dos setores mais antigos do mundo precisa abraçar a transformação digital impulsionada pela conectividade para dar um passo adiante. Só que sem uma infraestrutura conectada nada disso é possível. De acordo com a análise da McKinsey, se a conectividade for implementada com sucesso na agricultura, o setor poderia gerar US$ 500 bilhões em valor adicional ao produto interno bruto global até 2030”, comenta sobre o portal especializado do It Fórum.

Além disso, o abastecimento de água ficará 40% aquém do atendimento das necessidades globais, somado aos custos crescentes de energia e mão de obra que já pressionam as margens de lucro do setor e se vê um cenário desafiador. “Tem mais: cerca de um quarto da terra arável está degradada e precisa de restauração significativa antes de poder sustentar novamente as safras em grande escala, e há crescentes pressões ambientais, como mudanças climáticas e pressões sociais por práticas agrícolas mais éticas e sustentáveis. Parece que só mesmo a tecnologia para salvar a lavoura”, diz o portal.

“Por enquanto, o setor agrícola ainda permanece menos digitalizado que outros, na análise da consultoria. Tecnologia já existe e está disponível, mas há dois problemas. Em algumas regiões, falta infraestrutura de conectividade, e, onde ela já existe, os fazendeiros estão adotando lentamente as novas tecnologias porque o impacto positivo delas ainda não foi suficientemente provado.

Mesmo nos Estados Unidos, um país pioneiro em conectividade, apenas um quarto das fazendas usa, atualmente, algum equipamento ou dispositivo conectado para acessar dados, e essa tecnologia não é exatamente de ponta, rodando em 2G ou 3G”, conclui.

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