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Agricultura avalia medidas para garantir preços de trigo no Sul

Não tem dúvida que o dólar fez toda a diferença (para o milho)


As perdas na produção e na qualidade do trigo do Sul do Brasil causadas por problemas climáticos, especialmente no Rio Grande do Sul, são monitoradas pelo Ministério da Agricultura para avaliar a necessidade de intervenção com mecanismos de garantia do preço mínimo, disse nesta segunda-feira o secretário de Política Agrícola, André Nassar.

"O trigo a gente está monitorando, se precisamos fazer alguma coisa ou não. Não tem restrição de recurso", disse ele a jornalistas após evento em São Paulo.

A safra de trigo foi impactada por chuvas excessivas no Rio Grande do Sul, o que levou a consultoria Trigo & Farinhas a reduzir sua projeção de safra recentemente. Segundo o analista Luiz Carlos Pacheco, da colheita total do país de quase 6 milhões de toneladas, apenas cerca de metade deverá ser direcionada para a produção de farinha. Boa parte deve ser encaminhada para produção de ração.

Ele destacou que o ministério tem duas rubricas disponíveis para utilizar no apoio ao trigo: a de recursos para prêmios de escoamento, como Pep e Pepro, e outra para aquisições diretas e contratos de opção de vendas.

O milho, cujos preços já tiveram que ser sustentados pelo governo em safras anteriores, vive situação bem diferente este ano.

Nassar descartou a necessidade de qualquer intervenção no momento, tendo em vista os elevados preços do grão, num ambiente de dólar forte.

"Não tem dúvida que o dólar fez toda a diferença (para o milho). Puxou os preços acima do preço mínimo", afirmou o secretário, antes de participar de um fórum na capital paulista.

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