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Agricultura de precisão em alta

Monsanto acredita que três pilares são fundamentais: biotecnologia, germoplasma de qualidade e boas práticas agronômicas


Atecnologia que há algum tempo está sendo utilizada no campo contribui para trazer mudanças no cenário produtivo. Mais de 2/3 da água potável do mundo são consumidos pela agricultura. Porém, a partir do desenvolvimento tecnológico e o surgimento da agricultura de precisão é possível mapear o terreno, identificar as necessidades específicas de cada unidade de área, e, assim, evitar o desperdício de fertilizantes e recursos naturais como a água. Segundo especialistas, essas novas tecnologias aumentam a precisão do espaçamento entre as sementes, conferem se o grão realmente foi plantado, além de identificar peculiaridades nas características de cada trecho da plantação.

O especialista em agricultura de precisão, José Paulo Molin, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), diz que essa nova tecnologia prima por gerenciar as lavouras, considerando que elas não são uniformes, nem no tempo, nem no espaço. Essa variabilidade explica por que uma fazenda registra resultados
tão diferentes em áreas que receberam tratamento idêntico. Tiago Maique, gerente de Desenvolvimento Tecnológico da Monsanto, lembra que nos últimos anos o agricultor brasileiro está experimentando um ganho na produtividade proporcionado, principalmente, pela biotecnologia e pela adoção de boas práticas agronômicas. Para aumentar ainda mais a produtividade no campo é preciso racionalizar o uso de insumos.

Na explicação de Maique, um dos objetivos da Monsanto é ajudar o agricultor a utilizar todo o pacote tecnológico para explorar o máximo potencial produtivo em cada semente. Assim, para produzir o dobro de alimentos e conservar o meio ambiente, a empresa acredita que três pilares são fundamentais: biotecnologia, germoplasma
de qualidade e boas práticas agronômicas. Pensando nisso, realizou investimentos na aquisição da Precision
Planting, empresa baseada nos Estados Unidos que desenvolve tecnologias para agricultura de precisão. A equipe fará parte da unidade de Sistemas Integrados de Produção (Integrated Farming Systems, IFS), que utiliza práticas agronômicas avançadas, genética de sementes e tecnologia inovadora de plantio para oferecer mais rendimento aos produtores com a utilização de menos recursos.

Em termos mais específicos a agricultura de precisão é uma prática agrícola na qual utiliza-se tecnologia de informação baseada no princípio da variabilidade do solo e clima. A partir de dados específicos de áreas geograficamente referenciadas, implanta-se o processo de automação agrícola, dosando-se adubos e defensivos.
Trata-se de toda prática de interferência a fim de estabelecer condições ideais às espécies cultivadas na agricultura, seja ela química, física ou biológica, utilizando-se da geoestatística, que é a analise de dados de amostras georreferenciadas. Esse método parte da premissa de que cada ponto de amostra é único e procura a correlação entre as amostras vizinhas. As estatísticas geradas eliminam o pensamento de blocos ao acaso e o estabelecimento de média, utilizado pela estatística clássica. A agricultura de precisão (AP) tem por objetivo a
redução dos custos de produção, a diminuição da contaminação da natureza pelos defensivos utilizados e logicamente o aumento da produtividade.

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