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Agricultura do CE terá R$ 8,6 milhões para Plano Safra 2007

O plano estadual de ações para agricultura em 2007 vai ofertar 2,37 toneladas de sementes selecionadas


Total de R$ 8,6 milhões será destinado à implementação do Plano Safra 2007, incremento de 20% em relação à aplicação deste ano. A Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seagri) do Estado do Ceará divulgou esta semana o plano de ações para o desenvolvimento da atividade por meio do Programa Hora de Plantar, do Planta Ceará 2007, que vai ofertar 2,37 toneladas de sementes selecionadas e beneficiar mais de 106 mil agricultores familiares.

Os produtores receberão sementes de feijão, milho, arroz, sorgo, algodão, mamona e castanha. Além disso, de acordo com o coordenador de agricultura da Seagri, Itamar Lemos, o governo vai adquirir 28 mil metros cúbicos de manivas de mandioca, 1,5 tonelada de colmos de sementes de cana, 40 mil mudas de urucu e 4 milhões de raquetes da palma forrageira.

Uma das novidades é a introdução de 600 mil mudas de cajueiro anão precoce e 1,2 milhão de garfos de caju para enxertia dentre as culturas incentivadas aos produtores cearenses. Para o titular da Seagri, Flávio Barreto, o apoio à cajucultura é uma das diretrizes da produção agropecuária do Estado. "É a maior em produção e exportação, movimentando cerca de US$ 140 milhões por ano. Isso é um contingente muito grande. É uma cultura que emprega muita gente e produz na entressafra", explica.

O plano prevê, ainda, a introdução de novas culturas, como o gergelim, que será introduzido em 20 municípios, totalizando 300 hectares (ha) de área de produção; o apoio a projetos de pesquisa e experimentação com a cultura de pinhão manso e a implantação de sementes de girassol em área piloto inicial de 675 hestares. Além disso, serão implementados projetos de inovação tecnológica, como o controle de queimadas.

A expectativa da Seagri é ampliar a área cultivada a partir das técnicas de Plantio Direto em 247% e aplicar a técnica de Captação "in situ", que armazena e infiltra a água da chuva no solo, em 8.961 hectares de terra. Um aumento de 324% em relação ao ano passado, em que 2.761 hectares foram cultivados obedecendo à técnica. Para o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ematerce), Raimundo Reis, a técnica é favorável à região do semi-árido, sendo 95% dos municípios do Estado adaptáveis. "O grande salto nosso não é o aumento da produção em si, mas a melhoria do nível tecnológico", afirma.

Para o produtor do município de Irauçuba e presidente da Associação dos pequenos produtores e apicultores do assentamento Mandacaru, que recebeu o prêmio de maior área cultivada no Estado com essa técnica da captação "in situ", José Marcelino Ferreira Pedrosa, o programa possibilitou que, em 2006, a produção de feijão aumentasse de 600 kg por hectare para 1.300 kg/ha e a de milho saltasse de 400 kh/ha para 1.200 kg/ha. As primeiras sementes destinadas ao plantio do próximo ano serão entregues na região do Cariri em dezembro, seguida da região de Ibiapaba, Baturité e o centro-sul do Estado.

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