Agricultura familiar pode ter fundo de aval em MT
Proposta faz parte de plano estadual de apoio à pequena produção
Proposta que está sendo articulada entre Executivo e entidades de produtores faz parte de plano estadual de apoio à pequena produção
Governo de Mato Grosso quer criar um fundo de aval para dar suporte financeiro à agricultura familiar no estado e atender especialmente aqueles produtores cujo acesso ao crédito em instituições financeiras está impedido em função da ausência da regularização fundiária e ambiental das propriedades. O mecanismo fará parte de um plano elaborado pelo Executivo e com estratégias para ampliar a produção de alimentos na unidade federada, anunciou nessa terça-feira (10) o governador Silval Barbosa (PMDB).
O estado em parceria com as entidades do setor produtivo construirá um diagnóstico sobre as demandas da atividade familiar. O plano que começa a ser estruturado deve complementar, em âmbito regional, as ações do Plano Safra da Agricultura Familiar, lançado na última semana pelo Governo Federal.
A ausência de regularização nas propriedades será um dos principais desafios, explica Silval Barbosa. A maior deficiência concentra-se em assentamentos da reforma agrária. Segundo o governador, estima-se se que pelo menos 90% destas propriedades não possuem documentação.
Do total de estabelecimentos rurais no estado 140.201 mil são de pequenos produtores. Deste universo, 90.046 mil ou 64,2% estão localizados em assentamentos. Outros 50.155 mil (35,8%) pertencem à fatia de agricultores tradicionais, segundo a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).
Já os grandes e médios produtores respondem por 26% de todos os estabelecimentos da unidade federada: 48.359 mil. Barbosa diz que o governo já abriu negociações com os bancos para que "flexibilizem" a oferta de crédito, até mesmo para aqueles que ainda não obtiveram a regularização pelos órgãos responsáveis.
"Discutimos com os bancos para abrirem possibilidade para todos terem acesso ao crédito. Aqueles que a regularização é impeditiva o estado vai entrar como o aval. Ou seja, ter um fundo para dar garantias para que os produtores acessem o crédito", frisou Silval Barbosa, durante entrevista coletiva.
O governo quer contar com apoio das entidades de classe para consolidação da proposta. Uma comissão será construída para moldá-la.
Mesmo com a intenção de implementar um fundo de aval para a agricultura familiar o governo precisa definir, entre outros pontos, a fonte de recursos.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, Carlos Milhomen (PMDB), diz que o plano fomentará especialmente cadeias que não são exploradas pelo sistema empresarial, a exemplo da bovinocultura de leite e fruticultura. "Essas cadeias precisam de fomento e oportunidades que o agronegócio não consegue por falta de mão de obra", defendeu o gestor.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária em Mato Grosso (Famato), Rui Prado, diz que a categoria auxiliará o Executivo na formatação do plano. A intenção é repetir para o nicho de "pequenos" as mesmas parcerias que já existem com os grandes produtores.
"Todos vão se envolver nesse processo", apontou Prado.
Governo de Mato Grosso quer criar um fundo de aval para dar suporte financeiro à agricultura familiar no estado e atender especialmente aqueles produtores cujo acesso ao crédito em instituições financeiras está impedido em função da ausência da regularização fundiária e ambiental das propriedades. O mecanismo fará parte de um plano elaborado pelo Executivo e com estratégias para ampliar a produção de alimentos na unidade federada, anunciou nessa terça-feira (10) o governador Silval Barbosa (PMDB).
O estado em parceria com as entidades do setor produtivo construirá um diagnóstico sobre as demandas da atividade familiar. O plano que começa a ser estruturado deve complementar, em âmbito regional, as ações do Plano Safra da Agricultura Familiar, lançado na última semana pelo Governo Federal.
A ausência de regularização nas propriedades será um dos principais desafios, explica Silval Barbosa. A maior deficiência concentra-se em assentamentos da reforma agrária. Segundo o governador, estima-se se que pelo menos 90% destas propriedades não possuem documentação.
Do total de estabelecimentos rurais no estado 140.201 mil são de pequenos produtores. Deste universo, 90.046 mil ou 64,2% estão localizados em assentamentos. Outros 50.155 mil (35,8%) pertencem à fatia de agricultores tradicionais, segundo a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).
Já os grandes e médios produtores respondem por 26% de todos os estabelecimentos da unidade federada: 48.359 mil. Barbosa diz que o governo já abriu negociações com os bancos para que "flexibilizem" a oferta de crédito, até mesmo para aqueles que ainda não obtiveram a regularização pelos órgãos responsáveis.
"Discutimos com os bancos para abrirem possibilidade para todos terem acesso ao crédito. Aqueles que a regularização é impeditiva o estado vai entrar como o aval. Ou seja, ter um fundo para dar garantias para que os produtores acessem o crédito", frisou Silval Barbosa, durante entrevista coletiva.
O governo quer contar com apoio das entidades de classe para consolidação da proposta. Uma comissão será construída para moldá-la.
Mesmo com a intenção de implementar um fundo de aval para a agricultura familiar o governo precisa definir, entre outros pontos, a fonte de recursos.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, Carlos Milhomen (PMDB), diz que o plano fomentará especialmente cadeias que não são exploradas pelo sistema empresarial, a exemplo da bovinocultura de leite e fruticultura. "Essas cadeias precisam de fomento e oportunidades que o agronegócio não consegue por falta de mão de obra", defendeu o gestor.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária em Mato Grosso (Famato), Rui Prado, diz que a categoria auxiliará o Executivo na formatação do plano. A intenção é repetir para o nicho de "pequenos" as mesmas parcerias que já existem com os grandes produtores.
"Todos vão se envolver nesse processo", apontou Prado.