Agricultura inteligente pode “mitigar” mudanças climáticas

Promover a agricultura inteligente é um passo que as nações podem dar para ajudar a mitigar os efeitos negativos da agricultura no clima, afirmou a professora Celestine Aguoru, biotecnóloga de plantas e presidente do Consórcio Nacional de Biotecnologia e Biossegurança da Nigéria (NBBC), em entrevista à Alliance for Science. De acordo com ela, a biotecnologia pode ajudar a promover uma agricultura ecológica. 

"Agricultura inteligente significa plantar mais em menos terra. As terras aráveis estão esgotando rapidamente à medida que a população mundial se torna maior. Portanto, há uma necessidade urgente de lidar com a antiga prática de preparar terras para cultivar, o que é bastante ineficiente e prejudicial ao meio ambiente. O que precisamos fazer mais é empregar tecnologias seguras, como a biotecnologia, que permitem que os agricultores cultivem de maneira inteligente e ainda obtenham mais produção. A agricultura inteligente garante que não utilizemos produtos químicos em excesso para proteger nossas plantações da infestação de pragas. Com as culturas que foram geneticamente modificadas para resistir às pragas, não precisaremos liberar produtos químicos nocivos ao meio ambiente”, afirmou.  

O uso das ferramentas da biotecnologia também pode ajudar a evitar a perda de vegetação que serve como sumidouro de carbono, em termos de cobertura vegetal para reduzir o aumento da temperatura atmosférica, acrescentou. Ela também nomeou a biotecnologia ambiental, que utiliza muitos organismos para realizar o controle da poluição, o gerenciamento de resíduos e o tratamento de efluentes com uso químico reduzido, como outro meio de promover a ação climática.