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Agricultura personalizada pode diminuir os custos

Além disso é ecologicamente correta


A utilização da chamada agricultura personalizada pode auxiliar no desenvolvimento de culturas mais resistentes e baratas. A técnica é uma nova disciplina que procura prever os tipos e a genética de patógenos que afetarão as lavouras, buscando assim evitar o uso ou abuso de pesticidas e outros produtos químicos, diminuindo os custos para o produtor. 

Nesse cenário, cientistas do Centro de Pesquisa Genômica (CRAG), da Espanha, estão tentando recuperar o DNA de culturas antigas para criar novas variedades de tomate, trigo, milho, alface e outros vegetais comuns na dieta que são mais resistentes a patógenos e, assim, evitar o uso de defensivos. De acordo com Ignacio Rubio-Somoza, um dos autores do estudo, os esforços "destinam-se a reconhecer os mecanismos de defesa naturalmente presente em plantas e compreender como estes são determinados para um perfil genético específico”. 

Ao combinar essa informação com a genética dos inimigos que eles tiveram ao longo da evolução, os pesquisadores esperam encontrar variedades de culturas resistentes a pragas futuras. Segundo eles, esta abordagem ajudaria a reduzir episódios devastadores como viveu na Irlanda, onde a metade do século XIX, um fungo afetou um milhão de pessoas. 

Os cientistas dizem que esse novo conhecimento pode ajudar a criar novas variedades de vegetais sob demanda. Por exemplo, se o tipo de agente infeccioso que aparecerá e a quantidade de precipitação da estação for prevista, os cientistas serão capazes de projetar uma nova variedade de plantas que resista a esses danos.  

O especialista argumenta que, além de desenvolver estratégias preventivas para a saúde das plantas, essas novas tecnologias também significarão uma agricultura mais limpa e mais eficiente e, portanto, também mais ecológica. "Os avanços nesse campo de pesquisa vão reduzir o uso de agrotóxicos e outros químicos que hoje têm um alto custo para o meio ambiente, não há nada mais inócuo do que não ter que tratar", ressaltou Rubio-Somoza. 

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