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Agrobrasília 2013: Agricultor deve mudar hábitos para controlar pragas no campo

Essa é a opinião do chefe da Embrapa Cerrados, José Peres


A busca por resultados cada vez melhores no agronegócio brasileiro levou ao agravamento dos danos causados por pragas no campo. Essa é a opinião do chefe da Embrapa Cerrados, José Roberto Rodrigues Peres, ressaltada durante o Fórum Brasileiro sobre Mosca Branca e Helicoverpa, realizado na AGROBRASÍLIA 2013.


Segundo ele, os produtores precisam se mobilizar e adotar boas práticas agrícolas para conseguir controlar a propagação de doenças nas lavouras. A aplicação individual descontrolada de inseticidas, sem monitoramento específico de data e quantidade do produto, tem matado inimigos naturais das plantas que ajudam a combater outras pestes. Encontrar a medida exata e orientar o setor rural são os desafios das entidades de pesquisa nacionais.

“O imediatismo para que haja uma produção mais rápida fez com que os problemas surgissem e pragas secundárias aflorassem. Você tem que colocar pesticida na quantidade exata, no momento exato, pra controlar e não pra zerar aquela praga, senão mata também os inimigos naturais, que são benéficos para a planta. A pesquisa tem que chegar nessa quantidade exata para ter equilíbrio”, apontou. Segundo ele, esse caso acontece na cultura da soja. Os agricultores estão aplicando muito fungicida para combater a ferrugem e acabam matando também fungos benéficos, inimigos naturais que controlam, por exemplo, a lagarta Helicoverpa.

Peres destacou a importância da discussão em nível nacional realizada pela AGROBRASÍLIA 2013. Ele ressaltou que a agricultura passa por um momento delicado e precisa de mobilização e conscientização para não sofrer mais prejuízos. “Esse debate é estratégico para definir novos caminhos e buscar novos parceiros para fazer parte desse processo de combate à mosca branca e helicoverpa. Isso aqui é muito grave. Nós estamos num momento muito grave para a agricultura brasileira. Se nós não tivermos ações proativas e rápidas, para que se minimize o problema, nós vamos ter um prejuízo enorme na agricultura brasileira”, enfatizou.


A Embrapa e demais entidades de pesquisa são essenciais para o enfrentamento da questão, segundo Peres. “Junto às reivindicações por ações emergenciais e liberação de importação e aplicação de alguns inseticidas, é preciso redefinir o papel dos órgãos de investigação científica para identificar urgentemente novos mecanismos de controle”, concluiu.

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