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Agroindústria oferece leite saudável, direto do interior

Santa Cruz do Sul (RS) tem agroindústria familiar


A família Sehn, em Travessa Dona Leopoldina, em Linha João Alves, está realizada com a estruturação de sua agroindústria para beneficiamento do leite. Com incentivos da Prefeitura de Santa Cruz do Sul (RS), o produtor João Carlos Sehn realiza um sonho antigo e passa a produzir dentro dos padrões legais exigidos. A apresentação oficial do empreendimento aconteceu na manhã dessa terça-feira (24), na sede da propriedade.

Conforme a Secretaria Municipal de Agricultura, esta é a primeira agroindústria familiar do município na produção e beneficiamento de leite in natura. O secretário Ademir Santin destaca que a adequação do agricultor atende às exigências da lei e do mercado consumidor. “Ele saiu da clandestinidade e está apto a vender seu produto a qualquer segmento do comércio.”

O leite da família Sehn é habilitado com o selo do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi/Poa). Todo o processo será acompanhado pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM), que garante a qualidade do produto disponibilizado aos consumidores.

A regulamentação da agroindústria contou com o apoio técnico do escritório local da Emater-RS/Ascar e secretarias municipais de Meio Ambiente e Agricultura. Após liberado no município, o projeto foi encaminhado para inscrição no Programa da Agricultura Familiar (PAF). Conforme o extensionista rural Edimar Segatto, o PAF integra as agroindústrias familiares e beneficia os produtores com o Selo Sabor Gaúcho, treinamentos especializados e financiamentos para construções e compra de equipamentos.

CONQUISTA

A trajetória da família Sehn está estreitamente ligada à produção leiteira. Conforme João Carlos Sehn, a atividade começou há mais de 50 anos com seus pais. “Esse trabalho está no nosso sangue.” Com o apoio da esposa Márcia, o produtor procurou adequar sua propriedade às normas sanitárias. “Não queríamos mais correr o risco de perder nossos produtos”, explica.

Com a agroindústria estruturada, agora eles contam com resfriador, pasteurizador e embalador. Além do leite, os Sehn também investem no beneficiamento de subprodutos, tais como nata e requeijão. Segundo o produtor, a esperança é retornar ao nível de comércio que existia antes de o Ministério Público reforçar a fiscalização contra a venda de leite in natura.

Atualmente, o rebanho da família conta com 24 animais, sendo 18 vacas em lactação. A produção média diária fica em torno de 230 litros. A demanda atende à Feira Rural Central, nas tardes das segundas, quartas e sextas-feiras. Em breve, Sehn pretende ampliar os negócios com o abastecimento de leite para a merenda escolar.

Viabilidade

Segundo João Carlos Sehn, os investimentos na agroindústria foram de aproximadamente R$ 20 mil. Ele destaca que o processo de legalização é viável, desde que haja produção suficiente para cobrir os custos. Além disso, a pasteurização garante mais rentabilidade para o agricultor. “Antes, eu vendia o leite por menos de R$ 0,60 para as indústrias. Agora, vendo direto aos consumidores por cerca de R$ 1,40 o saquinho”.

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