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Agronegócio acumula taxa de crescimento de 2,94% até julho

Produtos como o milho, soja e cana-de-açúcar tiveram forte expansão no volume de produção em julho, acompanhada por aumentos de preços


O ano continua favorável ao agronegócio, que acumula taxa de crescimento de 2,94% até julho, segundo levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo. Somente em julho, registrou aumento de 0,89%, a maior variação mensal no ano, em relação aos meses anteriores. Quanto à agropecuária, o crescimento superou 1,41% em julho, acumulando aumento de 5,26% no ano.

“Estes números são resultado de uma soma de fatores positivos: safra recorde de grãos, produção recorde de carnes e bons preços internos, estimulados pela demanda interna e bons preços internacionais”, justifica Ricardo Cotta Ferreira, superintendente técnico da CNA. Ele alerta, no entanto, que tal desempenho ainda é insuficiente para compensar a atual falta de liquidez do produtor rural, causada pelo forte endividamento do setor e os aumentos de custos recentes.

A agricultura cresceu 1,27%, em julho, contra 0,56% do mês anterior, acumulando 4,89% no ano. Produtos como o milho, soja e cana-de-açúcar tiveram forte expansão no volume de produção, acompanhada por aumentos de preços. O segmento pecuário também manteve crescimento acelerado dentro da porteira da fazenda, atingindo a taxa de 1,59% somente em julho, acumulando 5,75% no ano. “A boa performance dos segmentos de frango e leite contribuíram significativamente para esses resultados, pois apresentaram crescimento de produção e de preços”, explica o superintendente da CNA.

Os resultados do PIB da pecuária, com dados de julho, mostram que o segmento vai bem dentro e fora da porteira. A indústria de processamento animal registrou crescimento de 3,17% em julho, frente à queda de 1,06% em junho, acumulando, no ano, aumento de 3,54%. A indústria de abate de animais cresceu 4,99% em julho, acumulando 6,89% no ano, enquanto a indústria de laticínios acelerou seu processo de crescimento, registrando 0,87% em julho. Apesar das fortes quedas de preços no açúcar, álcool , têxtil e vestuário, os indicadores de julho revelam o melhor desempenho da agroindústria no ano, com crescimento de 0,32%.

Valor Bruto da Produção:

Os bons preços internacionais e o aquecimento da demanda interna aumentaram as cotações dos preços dos produtos agropecuários no mercado interno. “As perspectivas de preços favoráveis se refletem positivamente nas previsões para a próxima safra”, diz Ricardo Cotta. Ele estima, para 2007, um faturamento bruto para o setor de R$ 199,78 bilhões, com dados de outubro, o que representa um aumento de 12,78% em relação ao VBP de 2006, de R$ 177,13 bilhões. “Os números do faturamento bruto animam a recuperação do setor e impulsionam boas estimativas de investimento para a próxima safra”, conclui o superintendente. As informações são da assessoria de imprensa da CNA.

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