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Agronegócio catarinense busca novos mercados

O embargo do governo russo à carne suína prejudicou o setor no ano passado


O embargo da Rússia à carne suína, país que representava mais de 60% das exportações desse tipo de alimento para o Estado, prejudicou o agronegócio em 2006. Com a falta de mercado internacional, os criadores e as indústrias do Oeste de Santa Catarina tiveram que se esforçar para não terminar o ano com prejuízos maiores.

Apesar dos entraves, as perspectivas para este ano são boas para o segmento. De acordo com o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Neivor Canton, depois de terem aprendido com a amarga lição, o aprendizado que os empresários levaram foi de que não se pode concentrar os negócios apenas em um mercado.

Por isso, as indústrias estão buscando outros horizontes, como a África, a própria América do Sul e a Ásia. Além disso, há intenção de promover acordos com o Japão e a Europa.

Suinocultor teve pior momento da história:

"No segmento das aves, já exportamos para esses dois mercados há algum tempo. Isso pode abrir as portas para que a carne suína também seja negociada com esses países", observa. Para o vice-presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster, a suinocultura passou pelo pior período da história em 2006. Segundo o empresário, o Estado está pagando um preço muito caro em função dos focos de febre aftosa registrados no Mato Grosso e no Paraná.

"Não entendo como o Mato Grosso do Sul, que tem fronteira com o Mato Grosso, está exportando para a Rússia e nós não. Se é porque somos vizinhos do Paraná o mesmo deveria ser feito em relação àqueles estados", lamenta. Lanznaster afirma que o ponto forte para atingir o crescimento em 2007 será a busca de novos mercados e o reconhecimento do Estado de Santa Catarina como zona livre de febre aftosa.

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