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Agronegócio mato-grossense emprega e remunera mais

Números não são mais novidade e se superaram a cada safra


Gigantismo da produção de grãos, fibras e carnes, pode ser aferida de vária maneiras na economia mato-grossense


Os números superlativos do agronegócio mato-grossense não são mais novidade e se superaram a cada nova safra. A atividade é a que mais emprega em Mato Grosso, respondendo por 26,9% das contratações realizadas em 2012. No Brasil, a representatividade deste setor na geração de empregos é de 11%, sendo considerada baixa quando comparada a outros segmentos da economia nacional como serviços (33,3%), administração pública (19,2%) e comércio (17%).


Os dados fazem parte de um estudo divulgado ontem, pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária e a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) que aferiu de maneira novamente o nível de empregabilidade, mas de forma inédita, ampliou as análises para a remuneração dentro das várias frentes do segmento comparando-as com importantes produtores nacionais.

Os salários dos agrônomos, veterinários, técnicos trabalhadores rurais e da mecanização cresceram consideravelmente nos últimos dois anos. Um engenheiro agrônomo, por exemplo, recebia em 2010 o salário médio de R$ 3.450,00. Em 2011 este valor subiu 15% (R$ 3.950,00), representando um acréscimo maior do que a média nacional que foi de apenas 5%.

Como mostram os dados, o ano de 2012 ainda não terminou e já foram gerados em Mato Grosso mais de 10 mil empregos formais somente no setor agropecuário, sendo a atividade que mais contratou no período. Enquanto a agropecuária concentra os trabalhos desenvolvidos dentro da propriedade, o agronegócio inclui também os serviços gerados antes e depois da porteira, ou seja, toda a cadeia de insumos, máquinas, implementos, serviços e pesquisa, assim como as indústrias de processamento, armazenagem e distribuição.


Segundo o presidente do Sistema Famato e do Conselho Deliberativo do Senar/MT, Rui Prado, os números reforçam a importância da atividade no Estado. “Mato Grosso é o Estado que melhor remunera os trabalhadores rurais. No entanto, isso não é o suficiente. Nosso maior desafio é qualificar estes profissionais e o Senar/MT está trabalhando para isso. Estamos recebendo muita demanda para capacitação de mão-de-obra”, observou Prado.

MECANIZAÇÃO - Outro destaque interessante da pesquisa foi que Mato Grosso ocupa o 1º lugar no ranking nacional dos melhores remunerações dos trabalhadores rurais e operadores de máquina. Enquanto no Estado se paga uma média de R$ 969 aos profissionais que trabalham no campo, no Paraná o salário para quem ocupa esta mesma função é R$ 869 (5º lugar no ranking brasileiro). Aos operadores de máquinas, Mato Grosso também é o Estado que melhor remunera, R$ 1.387,00. Já no caso de Goiás, que está em 3º colocação no ranking, os operadores de máquinas recebem R$ 1.312,00.

“Os resultados apontam que o agronegócio é o motor da economia de Mato Grosso e isso fortalece, automaticamente, a geração de empregos no Estado”, afirmou o superintendente do Imea, Otávio Celidônio.

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