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Agronegócio não puxa a adesão ao cooperativismo no MT

Produtores preferem atuar de forma individual no mercado


Pesquisa mostra que apesar do MT ser o maior produtor de grãos do país, seus produtores preferem atuar de forma individual no mercado

Puxado pelo agronegócio, Mato Grosso é destaque no país como um dos Estados da região Centro-Oeste que mais cresce no Brasil. Apesar desse cenário, a adesão de produtores a cooperativas não tem acompanhado a expansão. No Estado apenas 1,6% (1.425) do total de 112.978 estabelecimentos rurais recebiam assistência técnica de cooperativas em 2006.


O percentual é bem menor quando comparado a Estados da região Sul do país, como por exemplo no Paraná,  onde 17,7% tinham esse apoio na época. Os dados fazem parte de um levantamento realizado pelo Programa de Estudos e Pesquisas em Cooperativismo da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP) da USP.

O estudo tomou como base dados de listagem especial do Censo Agropecuário de 2006 do IBGE para identificar  fatores que contribuem para pouca participação de cooperativas agrícolas em Estados como Bahia, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

De acordo com o professor responsável pelo levantamento, Sigismundo Neto, o objetivo do estudo é identificar essa dinâmica. “Relacionamos alguns fatores que podem explicar, por exemplo, o tamanho das propriedades, a escala nos negócios e a concorrência das grandes empresas transnacionais no fornecimento de assistência e  venda de insumos”, explicou.

De acordo com dados do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras de Mato Grosso (OCB-MT), o Estado tem hoje 178 cooperativas. Somente as cooperativas agropecuárias, cerca de 54, empregam mais de 11 mil trabalhadores direta e indiretamente. Conforme a entidade, nos últimos anos o sistema cresceu 68% em Mato Grosso e hoje possui cerca de 10% de produtores associados.


O superintendente da OCB, Adair Mazzotti, explica que não se pode comparar o modelo do cooperativismo regional a outros. “Somos relativamente novos e começamos a nos consolidar quando o assunto é cooperativas, porém sem dúvidas o modelo de cooperativismo de Mato Grosso não pode ser comparado ao de outros estados, que possuem realidade completamente diferentes”, afirmou.

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