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Agroquímicos chineses vão atrasar ainda mais

Tufão provoca mais atrasos na logística e no frete de produtos chineses nesta semana


Foto: Porto de Shanghai

Não tem sido um ano fácil para os operadores logísticos e fornecedores chineses de insumos. Agora foi a vez de um tufão, batizado de “In-Fa” atingir a costa leste da China no último final de semana e dificultar o embarque e desembarque nos portos, além de provocar danos com inundações devastadoras que ainda estão sendo contabilizados e reparados.

Causando rajadas de vento de mais de 137 km/h, a tempestade tropical In-Fa atingiu em cheio a região do porto de cargas de Ningbo – um dos maiores do mundo – juntamente ao porto de Xangai, de acordo com anúncios dos serviços meteorológicos chineses. Com isso, a atividade portuária em Xangai e Ningbo foi suspensa, assim como o tráfego aéreo e ferroviário em um setor da costa leste da China.

O resultado deste tempo inclemente serão mais atrasos na logística e no frete de produtos chineses nesta semana. Isso impacta diretamente no fornecimento de insumos para a agricultura brasileira, que é uma das maiores compradoras dos agroquímicos e fertilizantes do gigante asiático. Esse fornecimento já vinha claudicante com restrições governamentais impostas às indústrias chinesas, o que provocou aumento generalizado nos preços dos químicos.

De acordo com a operadora logística CH Robinson, os armazéns também interromperam o carregamento de contêineres e as entregas aos terminais. Do lado terrestre, a Norman Global Logistics (NGL) disse que o transporte rodoviário em toda a região foi afetado por enchentes e alertou os clientes que o frete ferroviário China-Europa foi interrompido pela forte chuva.

“A carga está sendo reconfigurada para outros terminais na China, mas esperamos que isso adicione mais pressão sobre o serviço, que já tem escassez de equipamentos e espaço limitado”, disse a operadora ao portal especializado The Load Star. Marco Reichel, diretor de desenvolvimento de negócios APAC da Crane Worldwide Logistics, disse que “os fretes ferroviários, aéreos e marítimos estão todos atrasados novamente”.

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