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Agrotóxicos contrabandeados ameaçam aqüíferos em MS

Os defensivos agrícolas organoclorados estão proibidos no Brasil, mas ainda são utilizados na região de fronteira


Os pesticidas contrabandeados ameaçam os aqüíferos Serra Geral e Guarani no Estado. De acordo com o geólogo e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Giancarlo Lastoria, os defensivos agrícolas organoclorados estão proibidos no Brasil, mas ainda são utilizados na região de fronteira.

O produto, cujo princípio ativo atua por mais tempo, contamina o solo e chega até o aqüífero Serra Geral, que, por sua vez, tem conexão com o Guarani. “A persistência do princípio ativo é muito grande. São anos, anos e anos”, salienta o professor. Conforme Lastoria, um outro estudo, realizado no distrito de Culturama, identificou pesticidas em águas subterrâneas.

Giancarlo Lastoria, que apresentou palestra durante o 4º Seminário de Águas, realizado na Assembléia Legislativa, é autor de uma tese de doutorado que comprovou a conexão entre as águas dos aqüíferos. “Há muitos mitos de que o Aqüífero Guarani tem água de excelente qualidade, é inesgotável e está totalmente protegido. Mas não é assim”, enfatiza. Em alguns pontos, por exemplo, água do aqüífero não apresenta padrões de potabilidade. O Aqüífero Guarani possuo 800 mil km² de área, sendo a maior parte no subsolo do Estado.

O seminário internacional, que acontece até amanhã, discute águas, energia, aquecimento global e agricultura.

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