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Agrotóxicos nas lavouras são essenciais para a produção, diz Aprosoja

IBGE aponta que 66% dos entrevistados usam defensivos


O uso de agrotóxicos no plantio das lavouras de soja em Mato Grosso é essencial para a sustentabilidade da atividade. É o que afirma o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Henrique Fávaro, de olho nos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mostram o aumento no número de estabelecimentos que utilizam agrotóxicos no país.


Apesar dos dados fazerem referência ao cenário de 2006, para Fávaro, a compra desses produtos atualmente não diminuiu, pelo contrário, se tornou fundamental para a continuidade do plantio dos grãos em Mato Grosso. Conforme ele, para manter a produção em crescimento, sem precisar aumentar novas áreas, o uso dos insumos é necessário e sustentável.

"Como é possível fazer até três safras por ano, considerando a pecuária, e ter a produção aumentando a cada ano sem precisar abrir novas áreas?", questiona ele apontando que o agrotóxicos faz esse papel de conciliador. De acordo com ele, a sustentabilidade do negócio ganha força com o uso de produtos cada vez mais eficazes, por outro lado, menos nocivos ao meio ambiente.

Os dados do IBGE, divulgados na sexta-feira (19) apontam que 66% dos entrevistados utilizam agrotóxicos. Mas a maioria dos estabelecimentos onde houve utilização de agrotóxicos não recebeu orientação técnica (56,2%).

O informe do IBGE aponta que os produtores, em sua maioria, se utilizam das tecnologias disponíveis de acordo com o sistema de produção predominante. Com o passar dos anos, há uma tendência do agricultor se especializar e lançar mão mais intensamente destas tecnologias, em detrimento de outras, como, por exemplo, as praticadas na agricultura orgânica ou agroecológica, que obteve baixa adoção entre os estabelecimentos (1,7%).


Associado a isso, há também uma utilização pouco expressiva da rotação de culturas em relação ao total de estabelecimentos (12,4%), principalmente se considerarmos que mais da metade deles não recebem assistência técnica para a aplicação desta prática (54,9%). Este cenário também não teve alteração na opinião do presidente da Aprosoja.

Ele explica que a rotação de culturas é impraticável em Mato Grosso porque o estado não tem estrutura logística para armazenar a produção. "A safra e a safrinha não são podem ser consideradas com rotação de culturas, já que dentro da possibilidade agronômica é necessário uma restrição de plantio de aproximadamente um ano".

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