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Água poupada nos citros alimentaria 200/mi pessoas por 1 dia

Média de consumo demandada nos pomares em 2000 tornaria a citricultura inviável


Foto: Pixabay

A citricultura paulista reduziu, em duas décadas, o consumo de água suficiente para alimentar cerca de 200 milhões de pessoas por um dia. Os resultados são oriundos de uma pesquisa que foi liderada pelo Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), de Jundiaí (SP), em uma parceria estratégica formada com o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus).   

Isso porque, de acordo com Hamilton Ramos, que é coordenador da Unidade de Referência em Tecnologia e Segurança na Aplicação de Defensivos Agrícolas da CEA-IAC, no início da década de 2000, a tecnologia empregada no tratamento do ácaro da leprose dos citros, então principal praga da cultura, demandava consumo médio de 10 mil litros até 12 mil litros de água por hectare.  

O pesquisador enfatiza que se o consumo de água demandado nos pomares vinte anos atrás não caísse, a citricultura teria se convertido numa atividade economicamente inviável. “O recuo na demanda de água, altamente representativo, soma-se também ao aumento da cobertura da população de plantas tratadas, que saltou de 200 por hectare para 600 por hectare”, explica Ramos. 

“A manutenção da média de consumo demandada nos pomares em 2000 tornaria a citricultura economicamente inviável”, reforça Ramos. “A cultura passou por períodos difíceis, com o advento de doenças como CVC e greening. Isto elevou as pulverizações de plantas de 3 a 4 para cerca de 20 pulverizações anuais”, exemplifica. 

Para a conclusão, foram formados cerca de 20 campos experimentais  a partir do ano 2000. O grupo de pesquisa analisou o desempenho dos chamados turbopulverizadores no processo de tratamento fitossanitário de pomares. Os turbopulverizadores, tiveram aperfeiçoados recursos como cortina de ar, número de bicos, tamanho de gotas e velocidade de deslocamento 

“Os parâmetros de avaliação iniciais focavam na cobertura da área-alvo pela pulverização e na quantidade de ingrediente ativo de agroquímico presente nas plantas, nos pontos altos e baixos e na profundidade da copa. Passamos ainda a medir o volume de copa das plantas, para relacionar à eficácia de controle”, conclui. 

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