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Álcool está a salvo, dizem especialistas


A valorização nos mercados mundiais fez com que o açúcar assumisse no primeiro semestre do ano um novo papel na pauta de exportações brasileiras.

A receita chegou a US$ 3,19 bilhões, crescimento de 53%, o maior entre as principais commodities agrícolas comercializadas pelo país. Em julho, a alta do faturamento com as vendas externas de açúcar foi de 34,3% ante o mesmo mês de 2008. Em volume, a alta foi de 36,8%, para 10,4 milhões de toneladas de janeiro a junho. O país exporta praticamente 70% do que produz. Esse desempenho ameaça a produção de álcool?

Antonio de Padua Rodrigues, diretor da Unica, diz que não é simples mudar a logística de distribuição de álcool para a de açúcar. Além disso, quase 40% das unidades do centro-sul produzem apenas etanol. Como o combustível vem de um período de preços achatados, as empresas não têm recursos para investir no redirecionamento para o açúcar.

A Unica prevê que 57,7% da safra atual de cana vire álcool (ante 60,5% na anterior). A participação do açúcar deve subir de 39,5% para 42,3%.

Para Mírian Bacchi, professora da USP e pesquisadora do Cepea, o setor está maduro para não comprometer o promissor mercado de biocombustíveis.

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