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Aldo diz que vai manter aumento salarial a deputados

Aldo também anunciou o corte de R$ 157 milhões no orçamento da Casa para 2007


O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B - SP), disse que não voltará atrás no ato que deu aumento de 91% para os deputados federais alegando que os líderes dos partidos não se mostram favoráveis a um aumento menor ou à votação em plenário da matéria. Aldo Rebelo defendeu-se das críticas nos últimos dias dizendo que a Câmara, sob sua gestão, tem adotado várias medidas moralizantes.

Aldo também anunciou o corte de R$ 157 milhões no orçamento da Casa para 2007. "Convoquei a entrevista coletiva para anunciar todos os cortes que a Câmara vai fazer para permitir que a fixação dos subsídios dos deputados esteja dentro do orçamento da Câmara para o próximo ano. Já determinei o corte de R$ 157 milhões correspondentes à despesa com os subsídios fixados pela mesa e líderes dos partidos", afirmou Aldo Rebelo, que procurou atenuar as avaliações negativas da sociedade com o anúncio de novas ações moralizantes.

"Nomeei uma comissão de três deputados para preparar, até fevereiro, consultando o poder Judiciário e Executivo, o projeto regulamentando o teto salarial do funcionalismo público para que nenhum servidor receba salários acima do teto (hoje em R$ 24.500)", afirmou.

Manifestação:

A Força Sindical faz nesta segunda-feira um protesto, às 16h30, no Viaduto do Chá, Centro de São Paulo, contra o aumento no salário dos deputados. A central recebeu e-mails de trabalhadores indignados com o reajuste no salário dos deputados. “Enviar e-mail é muito bom, mas também considero importante a população sair às ruas para protestar e derrubar esta vergonha”, disse Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical.

Fontana vai propor nova reunião para discutir reajuste:

A liderança do PT na Câmara também está se movimentando para pressionar a Mesa Diretora da Casa a rever o reajuste. Segundo os informes do PT, o líder do partido, deputado federal Henrique Fontana (RS), vai propor a realização de uma nova reunião, nesta segunda-feira, das Mesas e das lideranças partidárias da Câmara e do Senado para discutir o aumento salarial dos parlamentares. "Diante da repercussão pública que teve a decisão da Mesa de reajustar os salários em 91%, o mais razoável agora, antes de qualquer outra iniciativa, é que a Mesa seja convocada para uma nova reunião, em que ela possa analisar sua decisão no sentido de mudá-la ou mantê-la", disse.

Fontana adiantou que vai defender a mudança da decisão. Para ele, antes de se recorrer a medidas como uma ação direta de inconstitucionalidade, a aprovação de um projeto de decreto legislativo ou a apreciação do aumento pelo plenário, é preciso que as Mesas e as lideranças voltem a discutir o tema.

Aposentado se acorrenta no Senado contra aumento de parlamentar:

Um cientista político de 61 anos se acorrentou nesta segunda-feira a uma pilastra do salão azul do Senado para protestar contra o aumento de 91% que os parlamentares se concederam na semana passada.

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