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Aldo Rebelo rebate críticas ao Código e diz que Dilma está desinformada

Rebelo disse não acreditar em vetos da presidenta Dilma Rousseff ao texto, que agora está no Senado


Brasília - O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), relator do projeto de lei de reforma do Código Florestal, rebateu nesta quarta-feira (25) as críticas de que o parecer a Emenda 164, aprovados na terça-feira (24) pela Câmara, permitam novos desmatamentos e anistie produtores que ocuparam áreas de preservação permanente (APPs). Rebelo disse não acreditar em vetos da presidenta Dilma Rousseff ao texto, que agora está no Senado. Para ele, a Dilma está desinformada sobre o assunto.


“Não acredito em veto. O que acredito é que a presidente Dilma está muito desinformada sobre este assunto”, disse Rebelo. “Acredito que a presidenta não tem as informações suficientes sobre a matéria. Ela pode ter informações só de um dos lados que circularam muito pelo Palácio [do Planalto] nos últimos dias, que foi o do lobby ambientalista.”

Para ele, a votação expressiva do relatório mostra que o projeto foi aceito por integrantes de todos os partidos da Casa. “Se reunimos em torno de um texto 410 votos, com um único destaque, é porque o Congresso conseguiu mediar, com alguma competência, um problema que o Executivo só resolveu por meio de um decreto que anistia e suspende multa de quem desmatou em área de preservação permanente e em reserva legal.”

Mesmo reconhecendo que a Emenda 164, de autoria do deputado Paulo Piau (PMDB-MG), permite a consolidação de todas as APPs que foram desmatadas, até que o Executivo determine quais não poderão ser mantidas, Rebelo insistiu que o relatório não incentivará novos desmatamentos.

Em relação às críticas de que a emenda concederá aos estados e ao Distrito Federal, assim como à União, a possibilidade de legislar sobre questões ambientais, Rebelo afirmou que essa previsão já está expressa na Constituição. Ele ressaltou, no entanto, que eventuais leis criadas por estados e pelo DF não poderão se sobrepor à legislação federal.


“A autonomia aos estados e a restrição a ela já estão estabelecidos na Constituição e seria inócuo a lei tratar desta questão porque não trataria de forma diferente do que a Constituição estabelece”, acentuou.

Rebelo negou também que sua proposta anistie desmatadores. Afirmou, contudo, que seu relatório prevê a possibilidade de que as multas sejam convertidas para um fundo ou serviços ambientais desde que o proprietário cumpra as exigências do programa de regularização.

“O Decreto Mais Ambiente já estabelece o que não chamo de anistia, chamo de regularização. Não é anistia porque não há perdão. A minha proposta suspende a multa, inclusive o prazo de prescrição das multas. Elas só serão convertidas em fundo ou prestação de serviços ambientais se o agricultor cumprir todas as exigências do programa de regularização ambiental”, disse o parlamentar.

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