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Alface mais resistente e durável está sendo desenvolvida em laboratório

Hoje são produzidas 1,5 milhão de t da hortaliça no Brasil


A pesquisa de melhoramento genético é complexa. O desenvolvimento de uma variedade de determinado alimento pode levar mais de uma década, entre cruzamentos em laboratório, testes de campo e propagação de mudas ou sementes. O pesquisador Fábio Akiyoshi Suinaga, secretário do Comitê Interno da área de Melhoramento Genético da Embrapa Hortaliças, trabalha no momento em dois projetos de melhoria: um de uma alface roxa, mais crocante e resistente, e outro do grão-de-bico.

No caso da alface, em visitas a propriedades do Cerrado, se identificou um tipo de folha roxa, muito fina, e bastante perecível, com vida útil depois da colheita calculada em torno de 24 horas. "O que nós estamos fazendo é cruzar esta folha com outra mais firme, que dure até três dias e que ofereça mais "'crocância' quando consumida", explica Suinaga. A variedade em questão também deve ser resistente a uma doença comum à cultura, a fusariose da alface, causada pelo fungo Fusarium oxysporum. Anualmente, são produzidas no Brasil 1,5 milhão de toneladas de alface, que é a terceira hortaliça mais consumida no país, segundo a Associação Brasileira do Comércio de Semente e Mudas (ABCSem).

O grão de bico, diz Suinaga, é uma leguminosa de plantio e consumo insignificantes no Brasil. As pesquisas, entretanto, visam desenvolver variedade apta à colheita mecanizada e até mesmo à rotação de cultura. "Já se identificou que o grão de bico, mesmo que plantado sobre outra leguminosa, como a soja, tem potencial para reter nitrogênio no solo".

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