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Algas como fonte de ômega-3 na alimentação

Alternativa mais saudável supre as necessidades dietéticas da população



Alternativa mais saudável supre as necessidades dietéticas da população

*Por Tatiana Dias

Hoje, as pessoas não conseguem dedicar um tempo considerável para se alimentar adequadamente. As dietas ocidentais contam com uma relação ômega-6 e ômega-3 de 16:1, quando a proporção ideal para o equilíbrio das funções seria de 5:1.  O consumo de alimentos com esse perfil reduziria o risco de problemas cardiovasculares, doenças crônicas como Alzheimer, além de alguns tipos de câncer.

É possível ter uma alimentação saudável rica em ômega-3 através das Algas, que são uma promissora fonte de DHA e alternativa sustentável livre de contaminação, pois são cultivadas em ambiente fechado. Elas apresentam garantia e estabilidade dos níveis nutricionais, além de possuir perfil de aminoácidos superior aos óleos vegetais.

As recomendações dietéticas disponíveis atualmente indicam a proporção ideal de consumo destes ácidos graxos em relação ao valor calórico total (VCT) da dieta. Segundo um documento publicado pela FAO e pela OMS (Food and Agriculture Organization/World Health Organization) o consumo adequado de ácidos graxos poliinsaturados deve ser entre 6% e 11% do VCT. Em uma dieta de 2000 kcal, esta porcentagem corresponde a aproximadamente 13g a 24g de gorduras poliinsaturadas. Já as quantidades específicas de ômega-6 e de ômega-3 em uma dieta de 2000 kcal, segundo as recomendações da FAO (2,5-9% e 0,5-2% do VCT, respectivamente) seriam de 6g a 20g de ômega-6, e de 1 g a 4 g de ômega-3.

Suas características possibilitam usá-las como ingrediente energético nas rações dos animais, resultando em alimentos enriquecidos (carne, leite e ovos) ajudando a suprir as deficiências dietéticas dos humanos.

A proposta da Alltech é utilizar na nutrição animal as algas em forma pó, a fim de garantir saúde e alimentos de melhor qualidade. A empresa produz microalgas heterotróficas da espécie Schizochytrium sp., sendo possível manipular os meios de cultura, para que possam se reproduzir e acumular taxas mais elevadas de determinados ácidos graxos. O resultado desse rigoroso controle que segue as normas internacionais de qualidade e boas práticas de fabricação do AQS (Alltech Quality System) e possibilita à Alltech comercializar produtos com segurança, consistência, rastreabilidade e livre de contaminações por PCBs e metais pesados. 

Em 2010, a Alltech adquiriu a planta de produção de Algas em Winchester, no estado do Kentucky, EUA, e, visando ampliar o investimento com essa tecnologia o projeto chega ao Brasil. Essa iniciativa marca o início da produção de algas no país, especificamente na cidade de São Pedro do Ivaí, no Paraná onde a Alltech possui uma das maiores plantas de biotecnologia do mundo.  Esta é a primeira fábrica com este tipo de produção a ser instalada no Brasil, possuindo tecnologia de ponta focada em produção de matéria-prima para ração animal nacional. A Alltech coloca em prática o seu plano de desenvolvimento estratégico, que busca atender às demandas crescentes do agronegócio brasileiro.

O país foi escolhido para esse investimento por ser líder mundial em vendas desta tecnologia, sendo responsável por 43% deste volume. O objetivo principal da empresa é aumentar ainda mais a produção local ampliando o mercado e fazendo com que todos possam obter vantagens através das algas. 


*Tatiana Dias é Zootecnista, com especialização em ruminantes pela Universidade de São Paulo, Brasil. Desde 2012 faz parte da equipe da Alltech, onde atua no Projeto de Algas.
 

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