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Algodão é prioridade em Minas Gerais


Governo prepara medidas para tornar o Estado auto-suficiente.

A prioridade econômica do governo Aécio Neves será a cadeia produtiva do algodão, que será desonerada do pagamento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). `Vamos incentivar a ampliação da produção de algodão não para que o produto seja exportado, mas para que possamos agregar valor ao produto e, assim, expandir as vendas de tecidos e vestuário`, diz o sub-secretário de Indústria e Comércio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Marco Antônio Rodrigues da Cunha.

De acordo com ele, o segmento do algodão, que começa na fabricação de fertilizantes e insumos para os produtores, passa pelos cotonicultores, beneficiadores, indústria de tecidos e vai até os fabricantes de vestuário e confecção, vai ser desonerado, sem que haja perda de receita para o Estado.

Para Cunha, a partir do diagnóstico das cadeias produtivas mineiras, com a elaboração dos segmentos econômicos que têm competitividade e elaboração de um mapa de excelência das mesmas, com a prioridade para 42 áreas, elegeu-se o algodão como prioridade número um do governo Aécio Neves.

`Houve uma adequação da indústria têxtil mineira nos anos 90 ao mesmo tempo em que os produtores de algodão perdiam suas lavouras devido a doenças na cultura. Passamos de responsáveis por mais da metade da produção nacional para uma participação de somente 4%, hoje. Vamos reverter esse quadro não para vender algodão mas sermos auto-suficientes e podermos agregar valor ao produto`, afirma Cunha.

O sub-secretário não deu detalhes dos mecanismos que serão utilizados para desonerar o segmento do algodão. Entretanto, garantiu que não vai haver perdas de receitas para o Estado. `Vamos desonerar a cadeia do algodão e, pelo contrário, ampliar a arrecadação`, diz. Cunha ainda salientou que o aumento da receita não virá somente com a expectativa de agregar valor ao produto e com o aumento da base de arrecadação. `Estamos montando uma estratégia de inteligência, que será divulgada somente em abril, que permite vislumbrar esse quadro`, afirma.

Atualmente, lembrou, a produção mineira de algodão é da ordem de 32 mil toneladas por ano e a demanda das 22 indústrias têxteis do Estado é de 150 mil toneladas. `A região do Alto Paranaíba, entre Patos de Minas e Patrocínio, e do Triângulo Mineiro, entre Tupaciguara e Capinópolis será o polígono do algodão de Minas Gerais`, diz.

`Vamos desonerar a cadeia do algodão, mas não queremos vender commodities. Queremos agregar valor. Estamos nos reunindo com representantes de toda o segmento e não haverá acordos entre as partes e sim contratos que permitam a cada elo da cadeia cumprir os acordos que serão benéficos para todos`, afirma Cunha.

Segundo ele, as partes envolvidas terão de acertar os contratos para que haja fidelização e os compromissos assumidos sejam efetivamente cumpridos.

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