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Alimentação reforçada na seca

Animais precisam ter supridas suas exigências nutricionais que incluem proteína, energia, água, macro e micro minerais


O período seco em Mato Grosso começa ter o fim esperado e as primeiras chuvas já fazem com que o capim queimado abra espaço para o verde, apresentando um melhor valor nutritivo o que favorece também o processo digestivo realizado pela microbiota ruminal do gado, já que ele depende das bactérias, fungos e protozoários, responsáveis por todo o processo de fermentação e digestão. De acordo com o médico veterinário João Trivellato, gerente de produtos para ruminantes da Socil, são necessários suplementos minerais específicos para cada categoria. Para vacas, por exemplo, é preciso suplementos minerais com no mínimo 80 gramas de fósforo por quilo; para recria, suplemento com 65 gramas de fósforo; e para engorda, um com no mínimo 45 gramas de fósforo.

Embora o início do período chuvoso melhore sensivelmente o percentual de 3% a 5% de proteína da seca, os animais precisam ter supridas suas exigências nutricionais que incluem proteína, energia, água, macro e micro minerais. O especialista explica que, entre as categorias, a cria fêmea é a mais exigente em nutrientes, pois necessita de suplementação mineral adequada, tendo que disponibilizar 75% dos nutrientes ingeridos para a sua própria mantença e os outros 25% para ganhar peso, entrar em cio, emprenhar, gestar e, depois do parto, ter condições de produzir leite para o desenvolvimento do bezerro.

Neste ano houve um período de seca prolongado e desgastante para os pecuaristas do estado. O médico veterinário Reinaldo Kimura, do departamento técnico da Matsuda, em Cuiabá, explica que existem várias ferramentas e produtos para evitar perdas causadas pela seca. Uma delas é a suplementação mineral proteica e energética, que permite manter, pelo menos, a condição corporal e ganhar tempo na produtividade dos animais na entrada do período das águas.

Assim, é recomendado que a suplementação seja oferecida de forma freqüente e à vontade, em cochos com metragens ideais para a categoria e tamanho do lote, com acesso bilateral, facilitado e bem localizado em relação à aguada, com no máximo 300 metros entre um e outro. É preciso manter sempre o produto fresco no cocho para que os animais consumam de forma a satisfazer as suas necessidades diárias, sem interrupção do fornecimento. E, como o maior volume de pastagens verdes ofertado aos animais acelera o metabolismo da flora ruminal, há necessidade de melhores condições nutricionais em relação à proteína e energia.

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