Alta dos juros aumenta risco de recessão
O especialista resume: "Não haverá um crescimento muito significativo na economia em 2022"
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou, no dia 8 de dezembro,a taxa básica de juros - a Selic - para 9.25%, numa decisão já esperada pelo mercado. "Além disso, o Copom sinalizou um novo aumento de 1.5% - levando a Selic a 10.50% em fevereiro - com o objetivo de frear a inflação, mas, a meu ver, o risco de recessão aumenta com o pagamento de juros como estes, que desestimulam o investimento no Brasil", adverte o advogado e economista Alessandro Azzoni, acrescentando que "na recuperação da economia após a pandemia, como agora, a taxa de lucro das empresas chega a apenas 10% - com muito suor e com os negócios sob constantes riscos".
Azzoni lembra também que "esse efeito recessivo aconteceu em 1997, quando a taxa de juros chegou a 14.75%".
Para o especialista, a notícia de quarta-feira gera ainda temor de inadimplência, "pois, quando sobe a Selic, a taxa básica de juros equaliza a taxa de juros do mercado, aumentando o custo do dinheiro - e com o dinheiro ficando mais caro, o consumo cai, evidentemente". Azzoni ressalta que "o último relatório do Banco Central revela que mais de 70% da população brasileira está endividada".
O especialista resume: "Não haverá um crescimento muito significativo na economia em 2022".
dados assessoria.