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Alta dos produtos já supera a inflação

Entressafra, estiagem e problemas climáticos puxaram os preços para cima


Curitiba - Os alimentos subiram mais que a inflação neste ano A pesquisa do IPCA realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que de janeiro a outubro, alimentos e bebidas tiveram alta de 6,58% contra o índice de inflação que ficou em 4,38%. Depois de Curitiba ter registrado a maior variação da cesta básica do País em outubro - com índice de 5,78% - agora, a tendência é que os alimentos continuem subindo em novembro, mas em patamar inferior a outubro. Até o mês passado, a entressafra, a estiagem e problemas climáticos puxaram os preços para cima.

A partir de dezembro ou início de janeiro deve iniciar uma desaceleração dos preços dos produtos alimentícios com o começo da safra para algumas culturas como batata, tomate e outros hortifrutigranjeiros. Em dezembro de 2009, por exemplo, a variação de alimentos e bebidas foi de +0,24%. As informações são do economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Sandro Silva.

Outra tendência para dezembro é que os importados segurem os preços por conta do real mais valorizado frente ao dólar. Ele acredita que os alimentos tenham desaceleração de preços com a entrada da safra de alguns produtos. A estimativa é que a cesta básica também tenha deflação em dezembro ou janeiro.

A previsão do mercado é que inflação feche o ano em 5,48%, acima da meta do Banco Central estabelecida em 4,5% (IPCA). Possivelmente, os alimentos devem subir acima do índice de inflação e fechar o ano com alta de 7% a 8%. Silva acredita que a partir de dezembro ou janeiro os alimentos podem começar a desacelerar a inflação.

Nos produtos natalinos, com exceção das carnes, o superintendente da Apras, Valmor Rovaris, diz que a tendência é que os preços fiquem no mesmo nível de 2009. A previsão de Natal para este ano é favorável, não esquecendo da entrada do 13º salário, destinado em grande parte para aquecer a economia. "Apesar de todo o aumento que a carne teve, não houve redução no consumo Isso é um indicativo de que o brasileiro está com mais dinheiro no bolso", opina Rovaris. Já Silva, prevê que a indústria e o varejo aproveitem o período de Natal para aumentar os preços de produtos sazonais como aves e panetones.

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