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Alta nas exportações de leite também puxou custos

O que ocorreu neste ano foi uma "recuperação de preços"


O aumento nas exportações brasileiras de itens lácteos, devido aos resultados ruins de grandes regiões produtoras, como Austrália e Nova Zelândia, também influenciou a alta. Com isso, a demanda por leite também no exterior tornou-se maior do que a oferta, o que elevou a cotação do leite no mercado internacional, estimulando os fabricantes brasileiros a elevarem seu patamar de vendas externas. "Não existe um fator isolado que explique (a elevação no preço do leite longa vida)", afirmou.

Para ele, os preços podem até continuar a acelerar, mas não de forma tão intensa como a registrada até junho. Na avaliação do executivo, o que ocorreu neste ano foi uma "recuperação de preços", efetuada pelos produtores, que passaram por um período de preços baixos nos últimos dois anos. Ele não descartou a possibilidade de, quando ocorrer o término do período da entressafra, em setembro, os preços desse produto continuarem em patamar elevado, em comparação com os dois anos anteriores.

Isso não significa que o consumidor brasileiro terá que se acostumar com leite mais caro, na opinião de Braga. "Antes, o preço do leite estava em nível irrisório. Agora, com essa elevação, ele vai ficar um preço justo", complementou. Braga comentou que os fabricantes também tiveram que lidar com alta nos custos, nos últimos anos. "Se o produtor não for bem remunerado, ele vai deixar de produzir. A cadeia (de laticínios) tem que ser bem remunerada", afirmou.

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