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Alta umidade dificulta plantio do trigo no RS

Os preços estão aquecidos no mercado devido à escassez e aos altos preços do milho


A alta umidade registrada nos últimos dias tem atrapalhado a implantação da cultura do trigo no Rio Grande do Sul. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (02/05), os produtores estão concentrando esforços no plantio de outras culturas, enquanto aguardam que a umidade atinja os níveis adequados para semearem o principal grão de inverno.

“Em algumas situações os agricultores arriscaram, mesmo com o solo bastante encharcado, ocasionando um plantio de pouca qualidade, que poderá dificultar uma melhor germinação. Já as áreas implantadas no início do período recomendado pelo zoneamento, apresentam boa germinação e desenvolvimento satisfatório”, explica o diretor técnico da Emater/RS, Lino Moura 

Na região de Santa Rosa, uma das maiores produtoras de trigo, o percentual de área plantada chegou a 17% nesta semana, contra os 30% registrados no ano passado. Segundo a Emater/RS-Ascar, os agricultores estão preocupados com o atraso e esperam entrar nas lavouras assim que o clima melhorar. O percentual de área semeada no Estado chega a 12%, contra os 15% verificados no ano passado nesta mesma época.

Os preços estão aquecidos no mercado devido à escassez e aos altos preços do milho, fazendo com que as integradoras e produtores procurem o trigo como substituto, dando suporte às cotações deste cereal. O trigo com pH 74 e 75 está cotado na praça de Passo Fundo a R$ 700/t; já com pH 78 vale R$ 900, e aqueles produtores e cerealistas que detêm estoques da safra 2013 (última safra de boa qualidade) estão pedindo R$ 1.000/t. O preço médio estadual da saca de 60 quilos ficou em R$ 39,02.

Outro grão cultivado no inverno, a canola já atinge aproximadamente 90% das áreas destinadas ao seu cultivo no RS semeadas. A cultura encontra-se nas fases de germinação e desenvolvimento vegetativo, com bom stand inicial de plantas. Os agricultores estão conduzindo as lavouras com tecnologia preconizada pela pesquisa oficial, visando obter produtividade de 2.400 kg/ha. “O temor no momento é com a ocorrência de geada, uma vez que a cultura é altamente sensível nesta fase de germinação e início de crescimento”, comenta Moura. O preço médio da saca de 60 quilos ficou em R$ 39.

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