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Alto custo de produção ainda preocupa suinocultores do Sul do país

Elevação das commodities justifica altos custos


Os suinocultores do Sul do país são os principais afetados pelos altos valores de custo de produção na suinocultura. Desde o início do ano o setor vem encontrando dificuldades para prosperar no varejo. Depois de passar mais de 5 meses com preços de comercialização em alta no ano de 2010, os produtores estão sofrendo diariamente com os altos índices do custo de produção animal consequência da elevação das commodities, especialmente milho e soja – principais ingredientes na composição da ração animal. Aliado a isso, o encolhimento da renda real nos últimos meses e o avanço da inflação refletem em uma combinação de fatores negativos para a suinocultura atual. E segundo avaliação do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, o cenário internacional deverá manter os preços das commodities em patamar elevado.


A situação do mercado do milho é atípica e a tendência é de alta na maioria dos estados produtores, diante disso o Governo Federal, através da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, disponibilizou cerca de 24 mil toneladas de milho aos produtores de suínos que enfrentam dificuldades para aquisição do produto para alimentar os animais em Santa Catarina. A perspectiva é o mesmo ocorra para os suinocultores do Rio Grande do Sul, nos próximos dias.

Segundo a Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), o valor de comercialização do quilo do suíno nas principais cidades é de R$ 1,80. Valor semelhante aos preços praticados no Paraná, conforme dados da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), que informou a cotação de R$ 1,91 pelo quilo do suíno. Já no Rio Grande do Sul, os preços estão um pouco acima, R$ 2,03.

Nos outros estados produtores de suínos, a semana também foi de queda nos valores de venda. Em Minas Gerais, o quilo do suíno está sendo comercializado a R$ 2,35, segundo informou a Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg) e em São Paulo, a queda nos valores de comercialização é ainda maior com o preço de venda a R$ 2,13 o quilo. Mas as perspectivas dos paulistas e mineiros é o mercado apresente uma reação nos próximos dias.


Declarações

Em Audiência Pública na Assembleia Legislativa de Santa Catarina na próxima semana buscaremos encontrar alternativas para recuperar o setor, além de detectar os motivos que levaram a ocorrer estas dificuldades na atividade suinícola.
Losivanio de Lorenzi, presidente da ACCS

“O Governo precisa implantar uma política compensadora para o consumo do milho no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina similar ao que existe para o Nordeste, sobretaxar a exportação de milho e promover leilões do estoque da Conab especificamente para a região sul, assim conseguiremos folego para retomar nossa produção em custo viáveis”.
Valdecir Folador, presidente da ACSURS

“O valor de venda do quilo do suíno vivo para o varejo não está atendendo as necessidades do produtor, por conta dos altos índices de produção. Nossa expectativa é que o mercado consumidor reaja nos próximos dias para que situação comece a modificar positivamente”.
José Arnaldo Penna, vice-presidente da ASEMG e presidente da Bolsa de Suínos de Minas Gerais

As informações são da assessoria de imprensa da ABCS.

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