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Alto excedente no estoque de leite é origem dos problemas no setor

A outra solução, segundo o técnico ministerial, seria o financiamento da estocagem para a indústria


O estoque excedente de leite atualmente no País está avaliado em 1,4 bilhão de litros e essa é a origem dos problemas no setor, de acordo com o coordenador-geral de Pecuária e Cultura Permanente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Antônio Fagundes Salomão. "O ministério está trabalhando em duas soluções. A primeira é construir um sistema de escoamento desse excedente para regiões do País onde o consumo é menor. São as regiões mais carentes. Para isso, seria preciso um apoio do governo para viabilizar essa comercialização", ressaltou João Antônio durante audiência pública, iniciada agora há pouco, na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.

A outra solução, segundo o técnico ministerial, seria o financiamento da estocagem para a indústria, por meio de Empréstimos do Governo Federal (EGF). "O governo financiaria a estocagem, aumentando de R$ 10 milhões para R$ 15 milhões o limite do EGF para cada indústria", acrescentou João Antônio.

Queda vertiginosa - Na mesma linha de raciocínio, o diretor de geração e renda da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Arnoldo Campos, ressaltou que, desde 1988, vem ocorrendo uma queda vertiginosa dos preços do leite no mercado internacional e interno, devido ao grande excedente de produção.

"O ministério está preocupado com essa situação, e todos os analistas vem falhando em suas previsões sobre esse mercado e não têm dimensão de até quando vai essa conjuntura de preços baixos", destacou Arnoldo Campos. Segundo ele, 60% da agricultura familiar estão ligados à cadeia produtiva do leite e seus derivados.
De acordo com o técnico da agricultura familiar, para proteger o investimento do agricultor familiar, o governo tem estabelecido uma política de garantia de preços, por meio da qual permite a equalização do valor do produto. O governo fixa o preço básico de referência e, quando o preço do produto baixa, o governo banca a diferença para o agricultor familiar. "Com essa política, o governo vem garantindo a sobrevivência da agricultura familiar", explicou.

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