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Amazonia e Cerrado receberão R$ 2 milhões

Recursos vão ser usados para desenvolver oito cadeias produtivas


Foto: Ronaldo Rosa/ Embrapa

As cadeias do açaí, cupuaçu, castanha-do-Brasil, piaçava, mandioca, mel de abelhas nativas, baunilhas brasileiras e sistemas agroflorestais biodiversos nos biomas Amazônia e Cerrado receberão recursos na ordem de R$ 2 milhões para promover a estruturação, o fortalecimento e o aprimoramento da produção, além de assegurar acesso aos mercados consumidores.

A parceria foi firmada entre o Ministério da Agricultura e a Embrapa. A expectativa é beneficiar cerca de 21.600 pessoas, entre pequenos agricultores, agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e seus empreendimentos, assim como técnicos extensionistas, pesquisadores, gestores públicos, viveiristas e estudantes de ensino técnico.

As atividades começaram em novembro e durante o mês de dezembro seguem as pesquisas e coleta de informações sobre as cadeias em questão bem como eventos, seminários e intercâmbios de experiências para instalar Unidades de Referência Tecnológica (URTs), construção de viveiros de mudas, desenvolvimento de softwares, elaboração de vídeos e cartilhas de boas práticas e outros.

O projeto é focado em quatro metas: apoiar a estruturação de empreendimentos da agricultura familiar inseridos em cadeias produtivas da sociobiodiversidade; realização de pesquisas para subsidiar essas ações de fortalecimento e estruturação; inovação com foco em busca de soluções tecnológicas para as cadeias do extrativismo e da sociobiodiversidade; e, por fim, a quarta meta envolve o monitoramento e a gestão administrativa financeira dos projetos.

A bioeconomia é considerada fundamental para unir agricultura e sustentabilidade e garantir o sustento de famílias que vivem do extrativismo. Confira algumas iniciativas que serão desenvolvidas:

- Projeto Açaí de Terra Firme: envolve ações de socialização de tecnologias e informações, com aproximadamente 1.300 agricultores, produtores e técnicos extensionistas, no Pará, pelo entre janeiro de 2021 e dezembro de 2022. 

- Projeto Meliponicultura no Pará: acontecerá entre novembro de 2020 e dezembro de 2022 vai fomentar a organização da cadeia produtiva do mel de abelhas em benefício de 2 mil agricultores tradicionais, meliponicultores e demandadores de produtos e serviços do setor. 

- Projeto Cupuaçu: a ser realizado no Pará em fevereiro de 2021. A iniciativa vai promover o aporte de conhecimentos sobre o sistema de produção do cupuaçuzeiro, a fim de que a média de produtividade do estado, que hoje se encontra em 3.400 kg/ha, avance para pelo menos 5.000 kg/ha. 

- Projeto Sistemas Agroflorestais Biodiversos: vai ocorrer no Amapá e implantará duas Unidades de Referências Tecnológicas (URTs) e promoverá a formação de 200 agentes multiplicadores/agricultores tanto em sistemas agroflorestais biodiversos, como também sobre o trio da produtividade na cultura da mandioca como cultura principal do sistema que visa a produção de biomassa para energia. 

- Projeto Açaizais Nativos de Florestas de Várzea e de Grotas: espera alcançar aproximadamente 300 beneficiários no Amapá. O projeto visa transferir tecnologias para o manejo de açaizais nativos de florestas de várzeas e de grotas através da instalação de Unidades de Referências Tecnológicas (URTs), da capacitação de técnicos e produtores.

- Projeto Cultivo Racional de Açaizeiro: vai combinar diferentes frentes de trabalho (pesquisa, extensão e produção) para fortalecer a cadeia produtiva de açaí na região de Tarauacá e Feijó (Regional Tarauacá-Envira), no estado do Acre. 

- Projeto Práticas Agroindustriais: desenvolvido em Rondônia e atuará para finalizar, transferir e validar tecnologias, processos e equipamentos de fermentação, secagem e despeliculação de amêndoas de cupuaçu em escala industrial.

- Projeto Baunilhas nativas: vai atuar na região nordeste de Goiás, , áreas de ocorrência natural e de extrativismo de espécies de Vanilla, e na região sul da Bahia, onde existem cultivos de baunilha. Serão realizadas oficinas de capacitação técnica sobre manejo, cultivo, uso e conservação de baunilhas nativas, além de evento gastronômico, seminário virtual sobre o potencial das baunilhas brasileiras e oficina sobre beneficiamento, elaboração e uso de produtos à base de baunilhas brasileiras na gastronomia.

- Projeto Piaçava: promoverá atividades em comunidades agroextrativistas no Amazonas e no Sul da Bahia, entre janeiro de 2021 e dezembro de 2022. A proposta é promover o desenvolvimento de técnicas e a sistematização de informações sobre o manejo sustentável de duas espécies de palmeira piaçava (Attalea funifera e Leopoldinia piassaba) para o fortalecimento dos processos comunitários locais relacionados à valorização da atividade de extração e processamento desta fibra. 
 

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