CI

Ameaça para a cevada no Paraná

O clima preocupa produtores paranaenses. O excesso de umidade pode prejudicar o desenvolvimento da cultura


Produtores de cevada do Paraná estão preocupados com o clima. O excesso de umidade pode prejudicar o desenvolvimento da cultura, justo num ano em que a área de plantio cresceu 19%.

A chuva atrapalhou o plantio na propriedade do agricultor Harry Mayer. O trabalho, que poderia ter sido feito em uma semana, levou um mês. “Fora o atraso do plantio, o clima também prejudicou muito a qualidade do plantio”, disse.

Mesmo com as plantas crescendo, a umidade e o calor prejudicam a cultura que depende do frio para se desenvolver bem.

Guarapuava, no Paraná, responde por 64% da área de cevada cultivada no Paraná. Praticamente toda produção será destinada para a indústria cervejeira. Mas a qualidade dos grãos depende do comportamento do clima até o início da colheita.

“Não podemos dizer que as adversidades ocorridas terão influência na produtividade ou na qualidade. Depende muito do clima, principalmente em setembro e outubro, quando se define a produtividade e a qualidade do grão”, explicou Adam Stemmel, superintendente da cooperativa agrária.

No ano passado o agricultor Alexandre Seitz escolheu 90 sacos de cevada por hectare. Desta vez, se a chuva continuar, o produtor tem medo que a produção seja bem menor.

“Tem que colher pelo menos em torno de 50 sacos para pagar o desembolso da lavoura. Se o clima não ajudar é muito difícil. Contando uma qualidade boa dos sacos. Se a qualidade for baixa na colheita, não tem conta que feche”, disse Seitz.

O Paraná é o principal produtor de cevada do país, com 53% da safra. Em seguida vem o Rio Grande do Sul, que responde por 45%.




Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.