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Análise semanal do mercado da milho

Fechamento deste dia 31/05 ficou em US$ 5,55, enquanto a média de maio/12 ficou em US$ 6,15



Comentários referentes ao período entre 25/05/2012 a 31/05/2012
Prof. Dr. Argemiro Luís Brum1
Emerson Juliano Lucca2


As cotações do milho em Chicago recuaram novamente durante esta última semana, chegando a US$ 5,59/bushel no dia 30/05, após US$ 5,78 uma semana antes e US$ 6,59/bushel no primeiro dia de maio. O fechamento deste dia 31/05 ficou em US$ 5,55, enquanto a média de maio/12 ficou em US$ 6,15, após US$ 6,34/bushel em abril/12.
Com o plantio terminado, o mercado se detém nas condições das lavouras nos EUA. Até dia 27/05 as mesmas indicavam 72% entre boas a excelentes, 23% regulares e 5% entre ruins a muito ruins. Apesar do recuo em cinco pontos percentuais nas lavouras entre boas a excelentes, em relação a semana anterior, a situação continua muito favorável.

Ao mesmo tempo, as exportações estadunidenses foram muito baixas na semana. O mercado esperava 1,2 milhão de toneladas e os dados indicaram apenas 156.000 toneladas na safra atual e 326.000 toneladas na safra nova. Com a forte redução nos preços do petróleo, igualmente a produção de etanol recuou nos EUA. Com isso, o mercado começa a projetar um aumento nos estoques da safra velha no relatório de oferta e demanda previsto para junho.

Na Argentina, a expectativa atual da safra é de 19,3 milhões de toneladas, enquanto a Ucrânia espera colher uma safra recorde de 24 milhões de toneladas, devendo disponibilizar para exportação um total de 14 milhões de toneladas.

O preço da tonelada FOB na Argentina e no Paraguai fechou a semana em US$ 235,00 e US$ 142,50 respectivamente, com baixas contínuas nestas últimas semanas.

No Brasil, o mercado se manteve em recuo, diante da iminência de uma safrinha entre 32 e 33 milhões de toneladas, a qual começa a ser colhida em junho. A média gaúcha, no balcão, ficou em R$ 24,31/saco, enquanto os lotes oscilaram entre R$ 25,50 e R$ 25,75/saco. Nas demais praças nacionais, os lotes variaram entre R$ 14,50/saco no nortão mato-grossense e R$ 25,50/saco na região de Concórdia (SC). Além disso, há ofertas de milho paraguaio no norte e oeste do Paraná.

Para a safrinha, os preços cedem, ficando no final de maio entre R$ 13,50/saco em Lucas do Rio Verde e R$ 15,00/saco em Primavera do Leste, ambos locais no Mato Grosso.

Pelo lado da exportação, o quadro pouco melhorou, com a expectativa de embarque, em maio, ficando em apenas 140.000 toneladas. Até o momento, os compromissos de embarque em todo o ano comercial 2012/13 está em apenas 5 milhões de toneladas, quando o mercado espera e precisa pelo menos o dobro desse volume para reduzir estoques e a pressão baixista sobre os preços.

Enfim, o governo inicia neste 1º de junho os leilões de VEP (venda de estoques com subsídios), visando atender as regiões Norte e Nordeste. O volume inicial é de 30.000 toneladas.

A semana terminou com as importações, no CIF indústrias brasileiras, valendo R$ 39,13/saco para o produto dos EUA e R$ 35,37/saco para o produto argentino, ambos ainda para maio. Já para junho o produto argentino ficou em R$ 34,75/saco. Na exportação, o transferido via Paranaguá atingiu a R$ 26,70/saco em maio; R$ 25,14 em junho; R$ 25,21 em julho; R$ 24,45 em agosto; R$ 24,60 em setembro; R$ 24,25 em outubro; R$ 24,72 em novembro e R$ 24,86/saco em dezembro.



1 Professor do DACEC/UNIJUI, doutor em economia internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA.
2 Economista, Analista e responsável técnico pelo Laboratório de Economia Aplicada e CEEMA vinculado ao DACEC/UNIJUÍ.

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