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Analista alerta para volatilidade de preços de soja

Muitos fatores estão apoiando o rali atual


O momento é de cautela para o mercado de soja. Esta opinião é de Bryan Doherty, conselheiro sênior de mercado da consultoria norte-americana Stewart-Peterson, de West Bend, Wisconsin. Depois do relatório de oferta e demanda de 12 de Janeiro, a soja encontrou um piso e tem estado em um rali por todo o mês que passou. Para Doherty, o apoio vem de um dólar fraco, falta de vendas dos produtores e incerteza climática no Hemisfério Sul.

Doherty também explica que o farelo de soja tem liderado o complexo com ganhos superiores a US$ 60 por tonelada desde meados de Janeiro. “As condições de seca na Argentina, o maior exportador de farelo, tem compras tanto de usuários finais e especuladores”, disse o especialista.

Apesar da seca na Argentina ser um fator altista, há outros fatores que estão influenciando o mercado. “A cortina de fundo da recente força dos preços é a demanda, que continua estando em uma superfície de passo recorde. A questão do clima pode fazer com que a soja supere a resistência de longo prazo de US$ 12. Com a safra do Brasil em boa forma, os analistas estão começando a aumentar as expectativas para uma safra recorde de soja”, analisou. O mais recente relatório de oferta e demanda do USDA aumentou em dois milhões de toneladas a safra brasileira.

Doherty destaca que, ao menos que os fatores climáticos na América do Sul seja piores em breve, as perdas na Argentina compensadas pelo Brasil serão negativas para os preços. “Mas se o clima adverso continuar, o rali está apenas começado”, afirmou Doherty.


 

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