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Analista de mercado afirma que produção de soja da América Latina vai superar a americana


O analista de mercado Fernando Muraro Júnior palestrou no 14ª Fórum da Soja, durante a Expodireto Cotrijal 2003, sobre as perspectivas para a safra 2003/2004. Segundo Muraro no contexto mundial da soja, a America Latina, nos últimos cinco anos vem se destacando significativamente na produção da oleoginosa, superando inclusive a safra americana. De 1998 a 2001 a safra sul americana ( Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia ) passou de 55,3 milhões de toneladas para 80,0 milhões de toneladas, um crescimento de 34 milhões. Enquanto os norte americanos, que chegaram a 78,7 milhões em 98, cinco anos depois não apresentaram crescimento. Ao contrário, tiveram uma queda para 74,3 milhões de toneladas em 2001.

Este cenário está refletido também na safra mundial. A America Latina está com 47% da safra mundial enquanto os norte americanos com 38%.

Apesar dos Estados Unidos continuarem sendo o maior produtor de soja mundial, vêm, gradativamente, perdendo espaço para os países da America Latina. Nesse cenário, o país que mais vem se destacando é o Brasil com um crescimento, em cinco anos, de 19 milhões de toneladas. “Graças aos investimentos em tecnologia e ao clima que foi favorável, na última safra o Brasil produziu 50 milhões de toneladas de soja”, explica Muraro.

Dois fatores, segundo o analista, são responsáveis pelo pouco incremento da produção americana nos últimos anos. Os subsídios do governo que acabaram acomodando o produtor em relação a busca de novas tecnologias competitivas e o Nematóide de Cisto, doença que atinge grande parte das lavouras”, disse Muraro.

O mercado da soja no Brasil está em franca expansão e a principal razão, conforme o analista foi a desvalorização cambial, grande responsável pela elevação do preço da soja. “ É uma cultura que se tornou imbatível para se fazer negócio. Os preços observados em 2001 e 2002 foram espetaculares e a perspectiva para a safra 2003/2004 é para uma área recorde de plantio em torno de 1,5 milhões a 2 milhões de hectares” estima Muraro.

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