A ANBio (Associação Nacional de Biossegurança) quer criar um selo de segurança para os produtos transgênicos que venham ser comercializados no Brasil. Segundo a presidente da entidade, Leila Oda, a proposta, que já está sendo discutida com as associações internacionais de biossegurança e com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é de que o “bio-selo” sirva como garantia para o consumidor que o produto geneticamente modificado obedece às normas internacionais de segurança e não ofereça riscos à saúde.
Em palestra para representantes da indústria de alimentos, Leila Oda esclareceu dúvidas sobre a Medida Provisória 113 que entrou em vigor no último dia 16, liberando a comercialização da soja transgênica que está sendo colhida no Rio Grande do Sul.
A MP determina que os alimentos ou derivados tenham o rótulo informando a presença de organismos geneticamente modificados (OGMs), o que, segundo Leila Oda, está causando polêmica na indústria alimentícia, que reivindica um prazo para atualização da rotulagem de produtos que, inclusive, já estão nas prateleiras.
A especialista explica que “80% dos alimentos à base de soja comercializados no Brasil certamente contêm pelo menos 1% do produto transgênico, pois a grande maioria da soja consumida no país é importada da Argentina e dos Estados Unidos, onde a quase totalidade da safra colhida é geneticamente modificada”.