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Angus participa de live sobre normativa que trará ganhos ao rebanho e ao criador

Angus participa de live sobre normativa que trará ganhos ao rebanho e ao criador


Foto: Marcel Oliveira

Em 1° de junho deste ano entra em vigor a Instrução Normativa 13, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), trazendo novas regras e procedimentos para a avaliação zoogenética – requisito necessário para a inscrição de reprodutores de espécies bovinas em centros de coleta e processamento de sêmen. A medida, que se estende às demais espécies de animais, tem como objetivo promover ganhos genéticos aos rebanhos nacionais, através de programas de melhoramento genético e suas ferramentas tecnológicas.

Na manhã desta segunda-feira (04/05), a CRV Lagoa reuniu especialistas no assunto para debater sobre as alterações em curso. A live “Angus: Tendências genômicas e novas regras para a comercialização de sêmen” foi transmitida pelo canal da CRV Lagoa no YouTube e reuniu o médico veterinário e gerente de Fomento da Associação Brasileira de Angus, Mateus Pivato, e o médico veterinário Pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Dr. Fernando Cardoso, com mediação do gerente de Produto Corte Europeu da CRV Lagoa, Fábio Frigoni.

De acordo com Pivato, as atualizações trazidas pela IN são importantes e vê, como uma das iniciativas positivas, a possibilidade da Associação Brasileira de Angus poder conversar com o criador, entender a sua demanda para, depois, repassar essa demanda ao Ministério como entidade representante do usuário da raça e associado. “A Angus possui mais de 10 mil colaboradores que entregam carne para o Programa Carne Angus Certificada e temos uma enorme responsabilidade em oferecer material de qualidade para quem busca lucratividade”, afirmou.

A associação participou ativamente de todas as discussões e redação da IN junto ao MAPA e tem até o final de junho para apresentar os critérios mínimos para que reprodutores da raça possam comercializar sêmen. “Nunca abrimos mão de que cada associação pudesse definir seus critérios. A IN começará a ter sua atualização a partir de março de 2021, juntamente com a atualização dos critérios de importação de material biológico. Vamos atuar nessas duas frentes visando a unificação dos critérios e seleção de linhas vantajosas para o selecionadores e usuários”, afirmou. Segundo ele, conforme previsto na normativa, a possibilidade anual de rever critérios permitirá uma flexibilização no sentido de saber se o trabalho está ou não apresentando os resultados desejados. “A IN dá garantia não só de se trabalhar com programas de melhoramento, mas amplia para outras iniciativas como provas de eficiência alimentar, por exemplo”, afirma Pivato. O Conselho Técnico da Angus e sua diretoria irão chancelar esses critérios junto ao MAPA com embasamento técnico, justificando cada um deles com o entendimento do que é considerado o melhor tanto para o selecionador como para o usuário da Angus.

Para Cardoso, a incorporação da genômica na IN dará maior habilidade e segurança ao processo de seleção dos animais que entrarão para as centrais de coleta. “Esse é um dos maiores ganhos, além da possibilidade de se avaliar novas características. O grande benefício da genômica será imprimir maior precisão na seleção de animais jovens, com novas características de seleção”, pontuou. O pesquisador da Embrapa Pecuária Sul ressalta ainda que o Brasil, pelas suas características continentais, não possui apenas um critério de seleção genética que atenda a todos os sistemas de produção. “Não dá para limitar o número de características e fechar a entrada de reprodutores nas centrais, pois, as vezes, um animal pode não possuir o critério de ganho de peso, mas apresentar outros que sejam de maior interesse para um determinado sistema de produção”, reforçou. Para ele, a IN 13 vem para contribuir positivamente neste sentido ao possibilitar que novas características possam ser introduzidas, atendendo a real necessidade do setor produtivo.

Uma novidade da IN é a exigência de confirmação de parentesco. Segundo Pivato, o setor caminha para que se tenha cada vez mais uma informação acurada dentro dos registros genealógicos por conta dos programas de melhoramento, o que será consolidado com a confirmação de parentesco. “O ganho genético será o ponto-chave, resultando em maior facilidade de se encontrar animais que entreguem aquilo que as DEPs confirmam”, confirma Cardoso.  

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