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Ânimo no campo paranaense

Com o clima ajudando, os pés de milho estão com as folhas verdes e as espigas em pleno desenvolvimento na região de Campo Mourão


Com o clima ajudando, os pés de milho estão com as folhas verdes e as espigas em pleno desenvolvimento. A situação tem surpreendido e agradado aos agricultores da região de Campo Mourão que apostaram na cultura. A aproximadamente um mês do início da colheita, chuva não falta, é raro um dia em que não sejam registrados alguns milímetros na região, só no município já foram registrados quase 82 milímetros nestes primeiros dias de 2011.

Os bons resultados, no entanto, contrastam com a diminuição da área plantada do município. Segundo os dados do Núcleo Regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) do Estado, na safra 2009/2010 havia sido plantada uma área 20% maior. Eram 25.303 hectares, este ano são 20.242 hectares cultivados com o grão. No Paraná a queda foi semelhante, ficando 18% menor.

A explicação para essa diminuição foram os preços alcançados nas últimas safras. No período de tomada de decisão quanto ao que cultivar na safra de verão, a relação receita/custo estava favorável à soja, e as cotações de milho seguiam sem sinais de reação. Consequentemente, parte das áreas de milho foi cedida à soja. No início de agosto a saca de 60 Kg estava saindo por R$15,00, valor que não cobria os custos de produção. Hoje o preço está girando em torno de R$ 20,00, satisfazendo os produtores. De acordo com o supervisor técnico da Coamo, Marcelo Sumiya, quem optou pelo cultivo do milho o fez para manter o manejo do solo. “A aposta não foi tanto financeira, o cultivo foi mesmo para manter a rotação de culturas. Eles colocaram na balança e mesmo com preço baixo, atenderam a recomendação técnica. Hoje com o reajuste que o preço teve ele comemora a escolha”, explica.

Os bons preços que o grão atingiu no fechamento do ano devem se manter em 2011. De acordo com os técnicos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a menor oferta cultivada e o crescimento do consumo devem reduzir os estoques, contribuindo para dar sustentação aos preços. Situação que se repete no cenário internacional.

Bom desenvolvimento

Com os preços melhores resta ao produtor torcer para que o clima se mantenha semelhante ao das últimas semanas. Sumiya explicou que a maior parte das plantas ainda está em fase de florescimento (50%), e apresentando bom desenvolvimento. “Até o presente momento, as chuvas tem sido satisfatórias. Mas quando se fala em termos de clima é difícil generalizar, principalmente as chuvas”, diz. Ele acrescentou que neste verão as chuvas estão seguindo o que é esperado para a estação. “As chuvas são muito pontuais. Algumas vezes aqui na cidade está chovendo bastante, mas em locais ao redor não tem chovido. Por enquanto, apesar da irregularidade das chuvas, tem sido satisfatória a quantidade de água”, completa.

A cultura do milho se desenvolve melhor com dias quentes e noites frias. “Algumas vezes o sol forte como tem sido registrado não é muito bom para a planta, mas não tivemos problemas”, afirma Sumiya. No início de fevereiro algumas lavouras já estarão prontas para a colheita. “Mas aqui na região, a colheita deve começar mesmo na segunda quinzena de fevereiro”, finaliza.

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