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Ano novo deve elevar as vendas de tratores

Espera-se que a estabilidade das vendas traga uma recuperação este ano


A indústria de tratores e outras máquinas agrícolas fechou 2006 com vendas 13,7% superiores às de 2005. Apesar deste resultado não significar uma melhora já que a base de comparação com 2005 é extremamente prejudicada, uma vez que a comercialização havia sido ruim no ano anterior, os resultados obtidos em 2006 fizeram a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea) prever um bom 2007.

Segundo o vice-presidente da Anfavea, Pérsio Luiz Pastre, a expectativa é de que a estabilidade das vendas possa trazer um processo de recuperação este ano. "A estabilidade desenhada nos últimos meses nos dá certo otimismo", diz o executivo.

Os números de vendas de máquinas agrícolas do ano passado devem ser consolidados nos próximos dias. Segundo o executivo da Anfavea, apesar do esboço de recuperação não houve de fato crescimento nas vendas em 2006. No entanto, em sua avaliação, a partir deste ano, com a liberação de crédito pela linha do Moderfrota para os agricultores, o mercado de tratores e colheitadeiras pode aquecer.

O principal motivo para o otimismo é a recuperação no preço dos grãos que ocorreu a partir de setembro do ano passado. Como apenas as culturas de cana-de-açúcar, citros e café tiveram vendas mais expressivas de máquinas agrícolas durante o último ano, uma volta dos produtores de grãos às concessionárias pode aquecer a comercialização em 2007.

Em principio, segundo Pastre, a frota de tratores neste ano será mais antiga e menor em volume do que o necessário para a colheita. De acordo com ele, uma subida nas compras de tratores novos depende agora não apenas de crédito mas da entrada de capital para os agricultores com as sucessivas altas no preço do grãos.

O milho, o trigo e a soja no mercado interno vêm registrando altas de preço já há três meses. Entre os motivos estão uma escassez de milho no mercado externo que deve aquecer o comércio no grão também neste início do ano. Além disso, a soja no mercado doméstico está hoje seguindo o preço do trigo na bolsa de Chicago e deve subir mais durante este ano com a demanda crescente da oleaginosa pela indústria de biocombustíveis.

Já o trigo está em compasso de espera por uma notícia que pode trazer nova disparada de preços da commodity no mundo: uma quebra chinesa.

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