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Anúncio antecipado repercutiu bem

Anúncio antecipado pelo ministro Rossi repercutiu bem entre os ruralistas


Anúncio antecipado pelo ministro Rossi repercutiu bem entre os ruralistas que torcem para que recursos cheguem no tempo certo

A classe produtora de Mato Grosso aplaudiu a decisão do governo federal em antecipar o anúncio dos recursos para a safra 11/12, que começa a ser plantada a partir da segunda quinzena de setembro NO Estado. Para o próximo ciclo o valor a ser disponibilizado somará R$ 107 bilhões, incremento de 7% em relação ao Plano Agrícola passado. A antecipação foi anunciada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, mas os detalhes do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) serão conhecidos somente na primeira quinzena junho, em data ainda a ser definida.

“A antecipação do anúncio é boa, pois vai permitir ao produtor fazer o planejamento de safra para este ano”, disse o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Rui Ottoni Prado. Ele espera, contudo, que o dinheiro seja “liberado em sua totalidade e no momento certo para o produtor”.

Prado diz que a Famato irá brigar pelo aumento do orçamento do Plano Agrícola e Pecuário (PAP), lembrando que só para Mato Grosso a necessidade será de R$ 80 bilhões. “O mais importante de tudo não é o produtor ter este recurso à disposição, mas na prática acessar ao crédito”, alertou.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Glauber Silveira, também espera que os recursos sejam liberados na prática. “Vamos ver se haverá efetividade, pois todo ano o produtor tem dificuldades de acessar ao crédito”.

Silveira defende também a descentralização dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento no Centro-Oeste (FCO) pelo Banco do Brasil. Segundo ele, Mato Grosso tem um baixo índice de utilização dos recursos porque atualmente apenas o Banco do Brasil está credenciado como agente repassador. “Precisamos fazer com que pelo menos 30% dos recursos sejam redirecionados às cooperativas de crédito”, disse.

PAP - Principal pacote de medidas do governo federal para incentivar a produção agropecuária, o PAP inclui crédito para custeio, investimento, comercialização e subvenção ao seguro. As linhas de financiamento são elaboradas com condições facilitadas para o produtor, incluindo taxas de juros mais baixas que as praticadas no mercado.

Ao anunciar o montante dos recursos para o PAP 2011, o ministro fez um balanço da agricultura brasileira e ressaltou as sucessivas quebras de recorde de produção de grãos. "Para a próxima safra, o Brasil vai colher mais de 160 milhões de toneladas de grãos", disse. "A agricultura empresarial e familiar terá à disposição R$ 123 bilhões", completou.

Rossi confirmou, entre as medidas do plano, a criação de uma linha de crédito para financiar a renovação das plantações de cana-de-açúcar. "Isso é importante para garantir competitividade e ganhos de produtividade do setor", comentou. Ele também anunciou recursos de estímulo à pecuária. “O produtor precisa de condições especiais de financiamento, que permitam a retenção e a compra de matrizes”, disse o ministro. Rossi destacou que, no passado recente, na média nacional, um terço das vacas foram abatidas. "Isso garantiu rentabilidade no curto prazo, mas trouxe riscos para o produtor no médio e longo prazos", admitiu.

O ministro da Agricultura comentou que o plano safra prevê crédito para projetos agropecuários destinados à recuperação de pastagens degradadas. "O Programa Agricultura de Baixo Carbono tem como meta recuperar, em dez anos, 30 milhões de hectares de áreas degradadas", disse.

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