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APA (MT) discute em Brasília viabilização de comercialização do arroz


Esta quinta-feira (20-01) será um dia decisivo para os produtores de arroz em todo país, principalmente para o setor em Mato Grosso. Neste dia, representantes da cadeia produtiva de todo país vão se reunir, em Brasília, com representantes do governo para buscar uma saída para atual situação do setor orizicultor. Com preços de produção lá em cima e preços de mercado no lado oposto (em baixa) os produtores querem reverter a situação e buscar meios para elevar o preço do produto.

O presidente da APA (Associação dos Produtores de Arroz) de Mato Grosso com sede em Sinop, Ângelo Carlos Maronezzi, estará participando da reunião. Ele disse ao Só Notícias/Agronotícias, que o temor é com a entrada do produto novo no mercado -já que a colheita da safra 2004/2005 está preste a começar-. “Se o produtor começar a vender o produto agora, com o preço que está, haverá uma grande oferta de arroz no mercado e vai chegar uma hora que estaremos vendendo o produto a R$ 14 a saca”, prevê. “O que pretendemos é buscar uma saída para que o produtor consiga recursos para pagar suas contas e possa segurar o produto para vender numa oportunidade melhor onde o preço vai estar mais alto”, observou.

Ângelo disse ainda que desde dezembro o setor vem tentando junto ao governo Federal subir o preço mínimo da pauta do arroz que também está baixa, o que contribui para piorar ainda mais a situação dos orizicultores. “Acredito que até o final deste mês o governo já tenha uma posição quanto ao preço mínimo já que as conversas estão adiantadas”, afirmou. “O produtor conseguiu antecipação de recursos através dos contratos de opção, CPR (Cédula de Produto Rural) e outros meios para honrar com seus compromissos e não vender arroz agora que, mesmo em falta no mercado (arroz de qualidade), está com preço muito baixo”, informou. Hoje o preço mínimo do governo Federal é de R$ 20,70 e no mercado a variação é de R$ 19 a R$ 22 a saca de 690 quilos, segundo dados da associação.

Vão participar do encontro representantes de Mato Grosso, Rio Grande do Sul -maiores produtores brasileiros-, Santa Catarina, Mato Groso do Sul e outros que estão vivendo a mesma situação que o setor mato-grossense, além de representantes do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Ministério da Fazenda, e outros ligados ao setor produtivo.

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