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Apagão logístico põe em risco economia, diz Sociedade Rural Brasileira

"Consumidor sofre com produtos mais caros e danificados"


O caos da infraestrutura logística brasileira ficou evidente nas quilométricas filas de caminhões carregados de grãos (principalmente milho e soja), como na entrada do Porto de Santos (SP). “O resultado financeiro que seria gerado para a economia brasileira fruto da safra recorde de grãos está sendo sequestrado pela falta de armazéns, rodovias ruins, malha ferroviária reduzida, falta de hidrovias, e portos saturados”, afirma Cesário Ramalho da Silva, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB).
 
Para a entidade, de pouco vai adiantar a evolução tecnológica do agronegócio brasileiro - que produz cada vez mais em menos área e com menos insumos -, se não for possível transportar o que é produzido de maneira competitiva. “Com a infraestrutura logística falida, a supersafra que era para ser motivo de alegria ganhou contornos negativos. Se a capacidade de armazenagem do País fosse melhor, por exemplo, o produtor não precisaria vender a produção toda de uma vez, o que faz entupir rodovias e portos”, lembra Ramalho.
 
Para ele, os efeitos da logística ruim não se restringem apenas ao agronegócio. “Além do corte na renda do produtor, e nas margens das empresas, o consumidor sofre com produtos mais caros e danificados, e o País perde divisas, com desdobramentos negativos também para a geração de emprego”, justifica Ramalho.

O dirigente vai além e desabafa: “Simplesmente não estamos conseguindo comercializar [interna e externamente] o que produzimos bem. Se o agro está deixando de ser competitivo, imagine os outros setores. Nosso futuro não pode ficar parado no engarrafamento”.

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